Instagram assume erro em priorizar o vídeo em detrimento da fotografia

O que já era uma postura muito feia diante dos fotógrafos e amantes da fotografia, agora virou uma retumbante vergonha mundial. Essa é a melhor forma para definir as equivocadas estratégias do Instagram, principalmente de Adam Mosseri, diretor do Instagram, após dizer que o Instagram não era mais uma plataforma de compartilhamento de fotos (leia aqui)e tentar transformar o aplicativo num clone mal feito do TikTok, agora disse que “focou demais” em vídeos em 2022, que cometeu um erro, que forçou demais os usuários a postar vídeos (especialmente Reels) e, indiretamente, quase pediu desculpas aos fotógrafos e amantes da fotografia.

Em resumo, Adam Mosseri, é um fanfarrão, e deveria ter sido demitido no mesmo dia que disse que o Instagram não era mais uma plataforma de compartilhamento de fotos. Como dissemos aqui várias vezes, a ideia de tornar o Instagram em um clone do TikTok era de uma bizarrice absurda e mostrava a falta de visão estratégica dos diretores do aplicativo e também a falta de conhecimento do perfil do próprio público. Mesmo diante de campanhas em todo o mundo para o Instagram voltar valorizar a publicação e alcance de postagem de fotos, “os gênios do Instagram”, durante 2022 inteiro persistiram na estratégia de em empurrar goela abaixo conteúdos de vídeo.

Mas diante de um retumbante fracasso da quantidade de publicações (a maior parte dos vídeos dos Reels publicados no Instagram eram feitos no TikTok e eram apenas repostas no aplicativo) e interações (poucas curtidas e comentários), agora com o rabinho entre as pernas, o diretor veio a público dizer que o Instagram vai voltar a ampliar o alcance de fotos novamente no mesmo nível de vídeos. Ano passado, toda postagem com foto teve uma redução do alcance de 44%.

“Definitivamente, os fotógrafos ficaram chateados. Quero deixar claro: embora estejamos inclinados para o vídeo, ainda valorizamos as fotos. As fotos sempre farão parte do Instagram ”, disse num Stories o chefe do Instagram, indiretamente voltando atrás das declarações pavorosas de 2022. “Acho que estávamos focados demais no vídeo em 2022… basicamente mostramos muitos vídeos e poucas fotos”, admitiu o fanfarrão.

Ainda segundo Adam Mosseri o Instagram mudou seu algoritmo e agora fotos e vídeos tem alcances parecidos e estão aproximadamente iguais. Mas por que o Instagram está voltando atrás? No mundo corporativo não importa muito a opinião dos usuários e consumidores, mesmo que eles digam o contrário. O foco sempre são os lucros.

O Instagram acreditou que com os vídeos as pessoas ficariam mais tempo dentro da plataforma e, automaticamente, mais anúncios/publicidades seriam veiculadas e seus lucros saltariam exponencialmente. Na prática, isso não aconteceu. Os Reels fracassaram profundamente (leia aqui). Muitos usuários ficaram revoltados com o abandono da fotografia e buscaram novos aplicativos no estilo do “antigo Instagram”. Assim o Instagram não atraiu os usuários do TikTok porque é uma cópia mal feita e ainda perdeu seus próprios seguidores. Ou seja, um fracasso duplo carpado (kkk).

Com a perda de usuários, os lucros caem e isso, em breve, vai aparecer nos balanços financeiros do Instagram que devem ser divulgados nos próximos meses. Então, num mato sem cachorro, e mais perdido que cego em tiroteio, e com medinho da tragédia ficar ainda maior, Adam Mosseri decidiu voltar atrás e tentar recuperar seu antigo público. Mas isso só vai acontecer se realmente sentirmos na prática que o engajamento de postagens com fotos voltaram a ter um alcance descente. Se isso não acontecer de maneira clara e perceptível em 2023, o fim do Instagram é apenas uma questão de tempo nos próximos anos. E isso não é chute, nem previsão, é apenas observação da direção da maré.

Ajude o iPhoto Channel

Se gostou desse post compartilhe esse conteúdo em suas redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp). Há mais de 10 anos produzimos diariamente 3 a 4 artigos para você ficar bem informado de forma gratuita. Nunca cobramos qualquer tipo de assinatura. Nossa única fonte de receita são os anúncios do Google Ads, que são exibidos automaticamente ao longo das matérias. É com esses recursos que pagamos nossos jornalistas e custos com servidores, etc. Se puder, nos ajudar compartilhando sempre os conteúdos, agradecemos imensamente.