Mineiros representam país em bienal francesa

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Foto do premiado ensaio “Albinos”, de Gustavo Lacerda, um dos representantes do Brasil na bienal parisiense

Em (mais) uma prova do fôlego da produção mineira no campo da fotografia contemporânea, uma dupla proveniente da terra do pão-de-queijo é a representante do Brasil na importante bienal Photoquai, que tem início nesta terça (17) no Museé du Quai Branly, em Paris. Pedro David e Gustavo Lacerda vão apresentar ao público francês seus recentes – e premiados – ensaios, por artes do curador catalão Claudi Carreras, responsável pela inclusão dos mineiros entre os 40 artistas internacionais que desfilarão trabalhos na bienal.

Donos dos últimos dois prêmios da Fundação Conrado Wessel – o cobiçado e bem remunerado Prêmio FCW de Arte, conquistado por Gustavo em 2012 e por Pedro este ano – os conterrâneos terão suas obras expostas até 17 de novembro em grandes painéis no interior e nos jardins do museu.

Gustavo apresenta sua série Albinos, com a qual faturou o FCW. Já Pedro David mandou para Paris os ensaios Homem Pedra e Rota Raiz, o último do livro homônimo publicado este ano pela editora Tempo D’Imagem. Segundo explicou ao jornal mineiro O Tempo, Pedro vê a exposição em Paris como um teste para avaliar o alcance da sua obra, especialmente essas duas séries, cujo caráter é bastante pessoal: “Ao participarem de um festival grande, global e distante como esse, começo a acreditar que os trabalhos têm algo a dizer para outros também”, comentou o fotógrafo.

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Trabalho de Pedro David, que apresenta duas séries na Photoquai

Já Gustavo não parece ter dúvidas quanto ao alcance da sua série Albinos, que ele desenvolveu ao longo de cinco anos e que pretende transformar em livro. “É um trabalho que tem um misto de documental e ficcional. São pessoas reais, que vivem o fato de estar à margem, e quando elas vão para o estúdio – que não é um único lugar fixo – e encontram figurino, cenário, elas costumam se questionar sobre a beleza e se enxergarem também como pessoas bonitas. Ao mesmo tempo, têm um orgulho e têm um incômodo. Isso é coisa que poderia acontecer em qualquer lugar”, descreveu para a reportagem do jornal o mineiro, que vive e trabalha em São Paulo. Para saber mais sobre o Photoquai, clique aqui.

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