Fotógrafo entra na zona proibida de Fukushima e registra imagens do pós-desastre
Lembro até hoje de acordar, ligar a televisão e não acreditar no que eu estava vendo. Ainda meio zonza de sono, aquela onda gigante engolindo uma cidade, parecia um filme de terror, ficção… Mas era tudo real. E ficou muito pior. O terremoto seguido por uma tsunami causou o acidente nuclear de Fukushima, abalando profundamente o mundo lá em 2011. E nos deixando um péssimo recado sobre os perigos do mau uso de energia nuclear.
Até hoje a área próxima à Central Nuclear de Fukushima é fechada por conta da contaminação por radiação, um risco intenso para a saúde que conhecemos desde o desastre de Chernobyl. Mesmo com todos os riscos, o fotógrafo Keow Wee Loong, da Malásia, resolveu entrar na zona de exclusão de Fukushima para retratar o que sobrou do desastre. Ele foi acompanhado da namorada.
“Quando eu entrei na zona vermelha, eu pude sentir uma queimação nos olhos e cheiro de produto químico intenso no ar”, contou Loong sobre a experiência. O fotógrafo entrou no local sem permissão das autoridades, acessando a cidade pela floresta. Ele até tentou a permissão formal, mas com uma demora de 3 até 4 semanas para conseguir finalizar todo o processo, achou que era burocracia demais e se arriscou.
“Bem, estes são os efeitos devastadores do uso de energia nuclear. Vidas dos residentes de Fukushima nunca mais serão as mesmas novamente… O vazamento de radiação na zona vermelha pela usina nuclear de Fukushima está prejudicando o meio ambiente e a vida marinha no oceano pacífico, diga não à energia nuclear hoje”, escreve ele. Veja o ensaio completo no Facebook do fotógrafo Keow Wee Loong.