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6 filmes novos (e antigos) que todo fotógrafo deve assistir

Já fizemos aqui no iPhoto Channel muitas listas com filmes e documentários sobre fotógrafos famosos como Annie Leibovitz, Henri Cartier-Bresson, Sebastião Salgado, etc. Mas hoje vamos sugerir 6 filmes para todo fotógrafo assistir, embora eles não sejam sobre técnicas ou grandes profissionais de fotografia, são fontes incrivelmente inspiradoras para criação de luz, composição e direção. Bora assistir?

1. Blade Runner 2049

A menos que você ainda não tenha visto, Blade Runner 2049 é uma excelente escolha para quem deseja experimentar uma teoria de cores incomparável. Costuma-se dizer que cada cor tem uma história por trás. Uma determinada cor ou cenário de iluminação pode ser associado a um personagem. Em Blade Runner 2049, eles são amarelo, laranja, verde, rosa e branco.

Em Blade Runner podemos ver que o amarelo é uma cor associada ao conhecimento, o laranja à cautela, o verde à vida, o rosa à inocência e ao romance e o branco à verdade. Não é necessária muita análise sobre o motivo da escolha dessas cores, pois cada tom (barra amarela) já está associado ao seu significado. O filme é dirigido pelo premiado Roger Deakins. Veja abaixo o trailer:

2. Barry Lyndon

Stanley Kubrick é um grande mestre que pode compor tomadas, contar uma história e evocar emoções profundas. É quase como se ele colocasse as qualidades humanas sob uma lupa para alertar o público de algo. Para um fotógrafo, Barry Lyndon mostrará que você não precisa de nada além do básico. Na verdade, você simplesmente precisa iluminar a foto e definir os fundamentos da criação de imagens. O resto cuidará de si mesmo. Isso pode ser visto melhor em como Kubrick é capaz de comunicar todos os detalhes através da tela: mudanças no clima, humor, textura e muito mais, sem mencionar a maneira como ele dá zoom. Veja abaixo o trailer:

3. Uma vida oculta

Dirigido pelo renomado Terrence Malick, o filme Uma Vida Oculta é uma aula de iluminação e composição. O diretor apresenta no filme os inúmeros traços da linguagem que garantiram o sucesso de sua marca: a imagem ampla em formato scope, os planos em plongée/contra-plongée e grande angular, o foco nas paisagens com fundo infinito, a trilha sonora clássica, o apelo constante à presença divina. Veja abaixo o trailer:

4. Grande Hotel Budapeste

Cor, ângulos amplos e formatos de corte. Este filme será interessante para os fotógrafos pelo uso de cores do inconfundivelmente icônico Wes Anderson. Como o filme se passa tecnicamente em dois períodos, os anos 30 e 60, o uso da cor é notavelmente diferente. Enquanto assiste ao filme, observe como a parte da década de 1930 parece ser rosada e relativamente mais fria quando comparada à parte da década de 1960, que é predominantemente laranja e marrom. Grandes ângulos em fotos diretas dão uma sensação de imersão. Fotos altas e baixas também são feitas usando uma lente grande angular, o que deixa a gente se perguntando: como eles conseguiram essa composição? A resposta é simples: formatos de corte. Há três no filme, cada um representando um momento particular. Talvez o Grande Hotel Budapeste também seja uma lição de composição de grande angular. Veja abaixo o trailer:

5. The Batman

The Batman é um dos filmes mais cotados ao Oscar de Melhor Fotografia de 2023. Dirigido por Greig Fraser, o filme recebeu um aval poderoso por sua brilhante fotografia. Nada menos do que Roger Deakins, famoso diretor de fotografia de Fargo, 007: SkyfallSicario e vencedor do Oscar de Melhor Fotografia por Blade Runner 2049 e 1917, disse: “Eu acho que (Batman) é um dos filmes mais extraordinariamente bem filmados que já vi. Nós (Ele e sua esposa) assistimos duas vezes. Os detalhes nele são extraordinários.”

Deakins ainda destacou uma cena em especial: “Uma cena que me intrigou é a da cidade inundada. Você tem aquela sequência maravilhosa em que Batman está tentando salvar as pessoas, e de repente há um clarão vermelho que percorre a tela toda, para mim é uma sequência extraordinária”. Veja abaixo o trailer:

6. Dr. Fantástico (Dr. Strangelove)

Este é provavelmente um dos melhores filmes para assistir se você gosta de fotografia em preto e branco. Notavelmente, você deve considerar as maneiras pelas quais Stanley Kubrick usa luz e composição para transformar o clima na tela. Enquanto assiste a este filme, você deve prestar atenção aos níveis de contraste e dureza das sombras. É como se Kubrick fosse capaz de criar com luz e sombra por conta própria. Strangelove constantemente entra e sai da luz, o que é melhor visto logo antes do monólogo final que ele dá. Strangelove emergindo da sombra para a luz é paralelo ao nacionalismo emergente na nação naquela época. Veja abaixo o trailer:

Quatro sugestões via Fstoppers.

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