Projeto mostra que ideal de beleza é cultural

esther antes depois
Foto de Esther antes e depois, em sua “versão marroquina”

Você tem uma foto e gostaria de dar uma “ajeitada” nela com o Photoshop. Despacha para um manipulador de imagens e pede: “Me deixa linda nessa foto”. Mas imagine que você está pedindo isso a um sujeito que mora num país bem diferente do seu. O resultado pode ser uma baita surpresa…

Essa experiência está sendo feita pela jornalista norte-americana Esther Honig, que enviou um mesmo retrato seu para editores de imagem de 25 diferentes países, com a instrução acima.

O que ela recebeu de volta diz algumas coisas sobre como culturas diferentes entendem o conceito de beleza – e mostra como a ideia de um padrão estético universal não passa de mito.

Em entrevista ao The Huffington Post, Esther conta que se surpreendeu com os resultados. E cita a imagem “photoshopada” por um profissional do Marrocos, que a cobriu com um véu tradicional islâmico. “Isso definitivamente evidenciou minha própria falta de consciência cultural. Lógico que alguém de um país onde o Islã é a religião principal iria optar por adicionar um hijab à minha imagem para adequá-la aos seus próprios valores culturais. Para mim, isso realmente adiciona profundidade ao projeto, ao tocar em conceitos de religião e costumes, não apenas em estética”.

Para a jornalista, que pretende seguir com o projeto, o resultado até aqui deixa uma coisa evidente: “O Photoshop nos permite alcançar nosso modelo inatingível de beleza. Mas, quando comparamos esses modelos numa escala global, percebemos que o ideal [estético] continua a ser ilusório”.

Clique aqui para ver as várias “versões” de Esther.

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