“Murder is my business”: relembre Weegee, um dos grandes nomes do fotojornalismo mundial

Fotojornalistas especializados em cobrir ocorrências policiais e extrair das ruas indigestos registros da violência urbana, a matéria-prima dos jornais do tipo “espreme-que-sai-sangue”, têm em Weegee seu “patrono”.

Nascido na Áustria em 1899, Weegee era o pseudônimo usado por Arthur Fellig, um esperto fotógrafo freelancer que atuou entre os anos 1935 e 1946 nas ruas de Nova York, cobrindo casos de polícia. Consta que Weegee costumava chegar à cena do crime antes dos investigadores, graças ao fato de manter seu rádio permanentemente sintonizado na frequência das radiopatrulhas.

Weegee vendia seus serviços para diversos tabloides e agências de fotografia. Aos poucos, incluiu a escrita em seus despachos, combinando textos e imagens de uma bastante particular – sua veia de escritor ainda resultou na autobiografia Naked City, publicada em 1945.

Não apenas pela expressividade e senso estético de suas capturas que Weegee celebrizou-se como fotógrafo. Com um tino todo especial para se autopromover (assinava no verso das imagens como “Weegee, o famoso”), foi aos poucos mudando seu foco para os eventos da elite nova-iorquina e se tornou fotógrafo da Vogue. Mais tarde, passou a atuar em Hollywood como diretor e também consultor técnico. Em 1992, serviu de inspiração para o filme Public Eye, protagonizado por Joe Pesci.

Durante boa parte do ano (vai até setembro), o Internation Center of Photography de Nova York, instituição criada por Cornell Capa em 1974, exibe uma exposição com 100 fotografias de Weegee, chamada Weegee: Murder is my business. Para quem pode se dar ao luxo de visitar a mostra, eis uma grande chance de conhecer mais a fundo o trabalho do “famoso” Arthur Fellig.

© Weegee/International Center of Photography
Anthony Esposito, acusado de matar policiais (janeiro de 1941)

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