Irina Ionesco, a fotógrafa que foi condenada por tirar fotos nuas da filha
Ontem publicamos aqui no iPhoto Channel, o caso Spencer Elden, que foi o bebê da foto icônica da capa do álbum Nevermind, do Nirvana, e agora entrou com um processo contra a banda alegando que a imagem nua constitui pornografia infantil (se ainda não leu, clique aqui). Porém, muitas pessoas não se lembram de um outro caso também emblemático da fotógrafa Irina Ionesco, que foi condenada por tirar fotos nuas da filha por mais de 10 anos.
O ato de fotografar outra pessoa, mesmo que da família, pode ter consequências sérias, e aí estão os contínuos processos por uso indevido de imagem para provar. Nada, porém, que se compare ao revés sofrido por Irina Ionesco. A fotógrafa francesa de ascendência romena, 90 anos de idade, foi levada aos tribunais pela filha, em 2012, a atriz e diretora de cinema Eva Ionesco.
Eva exigiu na Justiça que a mãe a indenizasse pelos anos em que a fotografou, ainda criança, como se fosse adulta, em poses provocantes e exibindo a nudez. De acordo com o juiz do caso, a fotógrafa precisava pagar à filha 10 mil euros (R$ 65 mil) a título de danos morais, e ainda a entregar boa parte dos negativos das fotos em que ela aparece como modelo.
Eva, de 56 anos, contou ao jornal Le Monde que jamais teve uma boa relação com a mãe. E que esta a coagia a posar “no limite do pornográfico” a partir dos 4 anos de idade, três vezes por semana, até seus doze anos, em troca de vestidos. “E, sobretudo, não a veria [se não posasse]”.
A polêmica série foi feita nas décadas de 1970 e 1980 e foi responsável por notabilizar o trabalho da fotógrafa, cuja marca são os retratos femininos carregados de erotismo. Porém, além do processo contra a própria mãe, Eva Ionesco expôs toda a história e relação no filme chamado My Little Princess, que ela dirigiu em 2011. Veja o filme na íntegra abaixo (legendado em português):