Fotos mostram um milissegundo após explosão de bomba atômica
Estamos acostumados a ver fotos de bombas nucleares com o comum formato de cogumelo. Independente do formato da explosão é um acontecimento aterrorizante tanto para as pessoas quanto para o planeta, afetando a vida em larga escala.
Mas existem registros que dão um tom um pouco mais tenebroso a essas explosões devastadoras. Eles foram criados com câmera rapatrônica, equipamento criado pelo professor do MIT Harold Eugene Edgerton. Esta câmera ultra-rápida é capaz de capturar uma imagem em menos de 1 milissegundo (1 milésimo de segundo).
A câmera rapatrônica foi inventada em 1940 e fotografava explosões nucleares a mais de 11 quilômetros de distância, com um tempo de exposição de menos de 10 nanossegundos. A temperatura nesse momento chegava a ser três vezes mais quente que a superfície do Sol.
Apenas com este tipo de equipamento foi possível fotografar o início da expansão da bomba atômica, já que a explosão de expande tão rapidamente que era praticamente impossível capturar a evolução. Em apenas 10 nanossegundos a explosão já atingia 30 metros de expansão. Para conseguir as fotos em sequência, 6 câmeras eram posicionadas e ajustadas para diferentes intervalos após a detonação.
E como era feita a captura da imagem? Segundo o blog Damn Interesting, a lente câmera rapatrônica incluia dois polarizadores perpendiculares, que impediam a entrada de luz… Mas guardava entre eles era uma célula Kerr. Quando a célula Kerr era energizada, isso afetava toda a luz que passava pelo primeiro polarizador girando seu plano de polarização em 90°, realinhando a luz para coincidir com o segundo polarizador. Isto permitia que a luz passe através de ambos os polarizadores, sempre que a célula Kerr recebia eletricidade, que é exatamente o que acontecia 10 nanossegundos do momento crítico da explosão.