“Será que nossa vida vale uma foto?”
De 2011 a 2018, pelo menos 259 pessoas morreram tirando selfies em diferentes partes do mundo, segundo o Journal of Family Medecine and Primary Care. Para se ter ideia do quanto isso é preocupante e alarmante esse número de vítimas é cinco vezes maior do que ataques de tubarão registrados no mesmo período, que foi de 50 mortes fatais.
A Índia é o país com o recorde mundial de morte por selfies neste período, com 159 vítimas. Isso se explica pelo país ser um dos mais populosos do mundo e possuir mais de 800 milhões de celulares. Embora as mulheres tirem mais selfies, 75% das vítimas são homens jovens. As principais causas das mortes são quedas, colisões, afogamentos e acidentes com armas de fogo.
Nos Estados Unidos, o parque nacional do Grand Canyon, no Colorado, se tornou um cenário de tragédias com turistas que caem no vazio tentando fotografar a si próprios. Em março de 2018, o casal de blogueiros Vish Viswanath, de 29 anos, e Meenakshi Moorthy, de 30, estavam tirando uma selfie num penhasco, se desequilibraram e caíram no precipício. O casal tinha um blog e uma conta de Instagram dedicados a viagens, onde publicavam fotos de suas aventuras. Antes do trágico acidente, eles postaram uma espécie de presságio. Uma foto dela sentada na beira do Grand Canyon com a legenda: “Será que nossa vida vale uma foto?”. O casal era apaixonado por viagens e tinham o sonho de ganhar a vida trabalhando como blogueiros.
Aqui no Brasil ficou famosa a perigosa selfie feita no Cristo Redentor pelo fotógrafo Lee Thompson. Ele conseguiu uma autorização especial da secretaria de turismo do Rio de Janeiro para escalar o famoso monumento por meio de suas escadas internas, usadas para manutenção. O resultado da aventura foram imagens incríveis, mas altamente perigosas, pois ele não estava usando nenhum equipamento de segurança.