Regra n°1 do fotógrafo de nu

Um acaso feliz levou Drausio Tuzzolo a fotografar para revistas masculinas. O que não o impediu de se tornar especializado no assunto. Paulistano de 48 anos, ele começou sua trajetória profissional na juventude, após ingressar num curso de fotografia para dar vazão à sua paixão pelo universo fashion. Após muita pesquisa e estudo, ele obteve um estágio na conceituada agência DPZ: “Foi lá que abri meus horizontes”.

E o tal acaso de que falávamos? Ah sim, Drausio estava já com seu estúdio montado quando apareceu uma jovem que queria participar de um concurso da revista Playboy. Ele fez algumas imagens dela, em slide (“só gostei de duas”), e não deu mais atenção ao caso. Um tempo depois, em abril de 1985, mais ou menos, um primo ligou informando que seu nome assinava uma foto de página dupla da Playboy. Das 3 mil fotos concorrentes, a sua ficou em quarto lugar. “Ganhei um relógio Ômega”, lembra.

Mais que isso, o imprevisto abriu as portas daquela revista masculina (e de outras) para o trabalho de Drausio Tuzzolo, que aliás não se resume à fotografia de nu e sensualidade. Na verdade, o fotógrafo tem como carro-chefe a publicidade (“é onde você faz a sua carreira. Revista paga pouco”) e se orgulha da versatilidade que adquiriu em seus tempos de DPZ. Porém, não rejeita a boa visibilidade que a fotografia em revistas masculinas lhe deu.

Assim, Drausio fala de nu de revista com a autoridade de um especialista. Acredita mesmo dominar o estilo, ter o perfil certo para o trabalho (“gosto muito de glamour, fantasia, ilusão. Eu trabalho muito com o voyeurismo, com o fetiche das pessoas. Meu trabalho dá margem para muitas interpretações”). Então, ninguém melhor do que ele para aconselhar quem está começando e quer ir pelo mesmo caminho, certo?

“A primeira coisa é a verdade e a honestidade”, diz Drausio. Por exemplo, uma das primeiras providências é conseguir pessoas dispostas a posar para você. Como fazer? “Pode procurar nas agências de modelos, conversar com ‘bookers’. Ou na rua. Se você for honesto, nunca vai ter problema. E tá lotado de pessoas novas, bonitas, que estão a fim [de serem fotografadas]”. Na verdade, ele observa, qualquer pessoa pode servir de modelo – cabe ao fotógrafo ter sensibilidade para revelar a beleza que há em cada um.

Ou seja, a coisa só vai deslanchar se o sujeito souber fotografar, possuir um bom domínio da luz e tiver boas noções de direção de modelos. “Tem que ter humildade em aprender, em testar”, ensina Drausio. E, para ele, o melhor treinamento é fazendo book de modelos – de graça. “Vai poder testar luzes, testar tudo. A melhor faculdade é investir nele [no fotógrafo]”.

E quanto ao mercado, onde buscar espaço? Além das revistas, que exigem maior “rodagem”, há os sites que publicam ensaios sensuais, mas o fotógrafo pode investir num trabalho autoral. Drausio, por exemplo, desenvolve um belo projeto de fine art focado no nu. Portanto, é um campo de atuação de certo modo restrito. Mas, como afirma o fotógrafo, está aberto a novos talentos. O importante é, desde o princípio, agir com profissionalismo.

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Um acaso feliz levou Drausio Tuzzolo a fotografar para revistas masculinas. O que não o impediu de se tornar especializado no assunto. Paulistano de 48 anos, ele começou sua trajetória profissional na juventude, após ingressar num curso de fotografia para dar vazão à sua paixão pelo universo fashion. Após muita pesquisa e estudo, ele obteve um estágio na conceituada agência DPZ: “Foi lá que abri meus horizontes”.

E o tal acaso de que falávamos? Ah sim, Drausio estava já com seu estúdio montado quando apareceu uma jovem que queria participar de um concurso da revista Playboy. Ele fez algumas imagens dela, em slide (“só gostei de duas”), e não deu mais atenção ao caso. Um tempo depois, em abril de 1985, mais ou menos, um primo ligou informando que seu nome assinava uma foto de página dupla da Playboy. Das 3 mil fotos concorrentes, a sua ficou em quarto lugar. “Ganhei um relógio Ômega”, lembra.

Mais que isso, o imprevisto abriu as portas daquela revista masculina (e de outras) para o trabalho de Drausio Tuzzolo, que aliás não se resume à fotografia de nu e sensualidade. Na verdade, o fotógrafo tem como carro-chefe a publicidade (“é onde você faz a sua carreira. Revista paga pouco”) e se orgulha da versatilidade que adquiriu em seus tempos de DPZ. Porém, não rejeita a boa visibilidade que a fotografia em revistas masculinas lhe deu.

Assim, Drausio fala de nu de revista com a autoridade de um especialista. Acredita mesmo dominar o estilo, ter o perfil certo para o trabalho (“gosto muito de glamour, fantasia, ilusão. Eu trabalho muito com o voyeurismo, com o fetiche das pessoas. Meu trabalho dá margem para muitas interpretações”). Então, ninguém melhor do que ele para aconselhar quem está começando e quer ir pelo mesmo caminho, certo?

“A primeira coisa é a verdade e a honestidade”, diz Drausio. Por exemplo, uma das primeiras providências é conseguir pessoas dispostas a posar para você. Como fazer? “Pode procurar nas agências de modelos, conversar com ‘bookers’. Ou na rua. Se você for honesto, nunca vai ter problema. E tá lotado de pessoas novas, bonitas, que estão a fim [de serem fotografadas]”. Na verdade, ele observa, qualquer pessoa pode servir de modelo – cabe ao fotógrafo ter sensibilidade para revelar a beleza que há em cada um.

Ou seja, a coisa só vai deslanchar se o sujeito souber fotografar, possuir um bom domínio da luz e tiver boas noções de direção de modelos. “Tem que ter humildade em aprender, em testar”, ensina Drausio. E, para ele, o melhor treinamento é fazendo book de modelos – de graça. “Vai poder testar luzes, testar tudo. A melhor faculdade é investir nele [no fotógrafo]”.

E quanto ao mercado, onde buscar espaço? Além das revistas, que exigem maior “rodagem”, há os sites que publicam ensaios sensuais, mas o fotógrafo pode investir num trabalho autoral. Drausio, por exemplo, desenvolve um belo projeto de fine art focado no nu. Portanto, é um campo de atuação de certo modo restrito. Mas, como afirma o fotógrafo, está aberto a novos talentos. O importante é, desde o princípio, agir com profissionalismo.

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