Projeto “A Cara da Copa”

Uma luz (artificial), um dia, uma bola e uma pergunta: O que você acha da copa no Brasil? Esta é a síntese do projeto que reflete diferentes opiniões respeito da Copa através das suas expressões corporais.

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É inquestionável que o futebol forma parte importante da cultura e orgulho nacional. Quando a “redonda” rola sobre um gramado, o Brasil sempre é autoridade no assunto, principalmente quando se trata de Copa de Mundo. Porém, a realização deste evento internacional em nosso país tem sido motivo de intermináveis debates sobre o seu impacto econômico e social. Enquanto alguns enxergam a Copa como uma ótima oportunidade para impulsionar a economia brasileira e criar novas fontes de trabalho, outros afirmam que o investimento realizado é inadmissível quando existem sérios problemas estruturais na área de saúde, educação, segurança, entre outros.

O projeto “A cara da Copa”, do fotógrafo Daniel Farjoun, procura retratar o grau de satisfação das pessoas sobre a Copa, registrando as expressões corporais delas. “O objetivo é justamente causar uma reflexão sobre o que o povo pensa a respeito da Copa. Ir além das manifestações contrárias que só assistimos pela televisão ou vemos no Facebook. Será que todos pensam da mesma maneira? Existem diferenças entre aqueles que trabalham por causa das obras do BRT e outros indivíduos comuns da rua?”, afirma Farjoun.

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Com a ajuda de um aluno colombiano, o fotógrafo desenvolveu o projeto na cidade do Rio de Janeiro.  Seu aluno teve a ideia de usar a bola “Brazuka” nas fotos. “Pensei em alguma forma que pudéssemos deixar bem evidente a mensagem de contentamento ou não das pessoas. Faria a pergunta e a pessoa responderia com expressões corporais ou faciais”, comentou Farjoun. Foram para a rua sem saber quem iriam abordar, então selecionaram pessoas que se destacassem da maioria e que tinham um potencial para virar um personagem.

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Para esse projeto, o fotógrafo usou uma Canon 6D com objetiva 24-70mm e depois speedlites Yongnuo YN-560III dentro de um octabox. “Meu objetivo era usar um setup simples, que fosse rápido pra montar e desmontar, mas que pudesse dar um resultado final interessante.  Usei um filtro ND para escurecer o fundo e o octabox o mais próximo possível da pessoa”, afirma ele.

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Para pós produção, Daniel Farjoun usou várias técnicas de pós-produção. Variou de imagem para outra, pois as condições de iluminação de cada personagem foram bem variadas. No geral, ele criou duas imagens a partir do RAW. Uma bastante escura com controle da luz no rosto e outra em P&B, mais clara e com bastante contraste nos meios tons. A mais clara servia para duas coisas: primeiro para fazer o recorte da pessoa e poder ter mais controle sobre a luz do fundo, possível desfoque, etc. Em segundo lugar para usar como um canal extra com blending mode em “soft light” e deixar a imagem ainda mais impactante. Depois o fotógrafo foi vendo como poderia controlar as luzes do fundo e na pessoa. Usou técnicas similares ao dodge and burn, além de layers de ajustes de “levels” (níveis), para clarear a imagem e aplicar uma máscara só nos olhos para realçá-los.

Para mais informações deste projeto, pressione aqui.

 

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