Polaroides de Armando Prado na Fauna Galeria

A Fauna Galeria, em São Paulo, abre nesta quinta-feira (9), a exposição Coisas como elas são, com uma seleção de doze polaroides feitas pelo paulistano Armando Prado ao longo de seus 38 anos de carreira.

Fotógrafo, professor e curador independente, Armando Prado já trabalhou como fotojornalista e fotógrafo de moda e publicidade. É membro do coletivo SX-70 e tem um longo histórico de uso dessa famosa câmera da Polaroid. Os instantâneos que apresenta na Fauna são fruto dessa relação, que Prado manteve de 1977 a 2008 – quando o filme instantâneo deixou de ser fabricado.

Ele separou as fotos de um acervo de aproximadamente 2 mil imagens e tirou o título da mostra de um dito do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626): “A contemplação das coisas como elas são, sem substituição ou impostura, sem erro ou confusão, é em si uma coisa mais nobre do que uma colheita inteira de invenção”.

“A Polaroid proporcionava uma experiência única, pois era um clique certeiro, sem substituição, que não permitia erro nem manipulação posterior”, diz Armando. “Na fotografia digital, por exemplo, há visualização instantânea na própria câmera, mas não há materialidade. Conceitualmente, havia a aura do objeto, da obra de arte”, explica seu interesse pelas polaroides, que ele chama de “daguerreotipo moderno”.

Coisas como elas são ficará em cartaz até 29 de junho, com entrada gratuita. A Fauna fica na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 470. Mais informações no site.

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