Os 3 maiores erros que cometi na minha carreira na Fotografia
No início da carreira na Fotografia, é compreensível o profissional “patinar” e cometer muitos erros. O problema, porém, é quando esses erros e deslizes já não são mais desculpas de quem está apenas começando. Se você já é um fotógrafo experiente no mercado, com anos de profissão, mas está enfrentando dificuldade de crescer seu negócio, leia esta matéria até o final, pois pode ser que encontre aqui o motivo que está te impedindo de fazer da fotografia um negócio próspero que te realiza profissionalmente.
Mari Merlim é co-fundadora da Babuska Fotografia, marca premium e especialista em fotografia lifestyle de família. Com a experiência de mais de 2 mil ensaios e eventos registrados nos últimos anos, a empreendedora revelou para nós os 3 maiores erros que ela cometeu no início da sua carreira e você deve evitar ou resolver o quanto antes.
1. Não separar os gastos pessoais dos profissionais
Mari conta: “Em 2011, quando comecei a fotografar profissionalmente, eu tinha uma única conta bancária. Todas as minhas vendas entravam lá, e todos os custos de vida pessoal e da empresa saíam da mesma conta também. Ficava tudo misturado. Isso se tornou um grande problema na minha gestão financeira, pois eu não tinha visibilidade, por exemplo, se eu tinha dinheiro disponível para investir em um novo equipamento sem prejudicar outras áreas.
Quando separei as contas, passei a considerar a pessoa física (PF) totalmente desvinculada da pessoa jurídica (PJ). Essa mudança causou uma grande transformação positiva em todos os aspectos da minha vida. Hoje, eu jamais consideraria abrir um negócio misturando tudo, como fiz na primeira vez.”
Não separar as contas pessoais das profissionais é um problema em qualquer profissão, e na fotografia não é diferente. No caso específico da fotografia, isso pode levar a consequências ainda mais graves. Por exemplo, pode ser difícil calcular o lucro real de um trabalho ou projeto, pois pode haver confusão entre os gastos e receitas pessoais e profissionais. Além disso, misturar contas pessoais e profissionais pode gerar uma imagem negativa para o negócio, pois pode dar a impressão de que o fotógrafo não é profissional o suficiente para separar sua vida pessoal da vida profissional.
2. Aceitar qualquer tipo de trabalho e cliente
Mari conta: “Lembro de uma empresa de colchões que desejava fotos para o novo catálogo e me pediu orçamento. Eu não queria ser fotógrafa de produtos, nunca tinha realizado nada do tipo, mas aceitei pela grana. Sem experiência, sem os equipamentos e lentes específicas para aquela demanda. O que imaginei ser um trabalho de 1 ou 2 dias se tornou o trabalho de quase 1 mês. Cobrei muito menos do que deveria, pois não contabilizei todas as horas na pós-produção com o Photoshop para corrigir todos os ajustes finos para um catálogo impresso. Por fim, a empresa que me contratou percebeu minha falta de experiência e não senti que entreguei algo conforme as expectativas.
Demorei anos para entender que dizer SIM para tudo não é a melhor forma de crescer na carreira. É um aprendizado importante, mas também um dos mais difíceis da gente realmente assumir pra si mesmo e mudar.
No começo, para encher a agenda e com medo de perder oportunidades, a gente tende a aceitar tudo, sem muito critérios. Isso nos faz dispersar energia em projetos que não nos identificamos. Além disso, ainda deixamos de dedicar nosso precioso tempo nos tipos de trabalhos que realmente queremos nos desenvolver e nos tornar especialistas.” – a co-fundadora da Babuska revela.
Por essas razões, é importante que os fotógrafos saibam identificar seus pontos fortes e áreas de especialização e sejam seletivos na hora de aceitar trabalhos. Dessa forma, poderão entregar trabalhos de qualidade e construir uma carreira sólida e sustentável.
3. Subestimar o poder do networking
“Quando mudei para Florianópolis em 2014, tive que começar minha marca do zero de novo. Algumas pessoas me disseram: iih, vai ser difícil você entrar no mercado rápido, porque aqui é uma panelinha. Nos primeiros anos como fotógrafa, eu não me importava tanto em fazer parcerias e construir relações com outros profissionais de forma estratégica. Não era que não gostasse, mas simplesmente não dava muita atenção.
Um dia percebi que os profissionais mais bem-sucedidos e que eu mais admirava eram muito bem conectados, mantinham boas relações com outros profissionais, mesmo colegas concorrentes do mesmo segmento. Era quase um padrão!
Definitivamente, subestimar o poder do networking é um erro. Para mim, é uma das principais ferramentas para expandir sua rede de contatos e encontrar novos clientes e oportunidades de negócios.”
Ao construir uma rede de contatos forte, o fotógrafo pode receber indicações de clientes, ser contratado para novos trabalhos e até mesmo fazer parcerias com outros profissionais do mercado. Isso pode trazer inúmeras vantagens para o negócio, como aumento da visibilidade, novas oportunidades de negócios e, consequentemente, aumento de receita.
Outra vantagem do networking é a possibilidade de conhecer pessoas influentes e importantes no mercado, o que pode abrir portas para o fotógrafo em termos de exposição e oportunidades de trabalho mais importantes. Essas conexões podem levar o fotógrafo a ter acesso a eventos, clientes e negócios que poderiam ser inacessíveis de outra forma.
Portanto, separar as contas pessoais das profissionais, ser seletivo na hora de aceitar trabalhos e investir em networking são essenciais para que o fotógrafo tenha sucesso em sua carreira na Fotografia. São erros comuns que podem prejudicar o crescimento do negócio, além de comprometer a satisfação e realização profissional do fotógrafo. A partir do aprendizado com os erros e da busca constante por aprimoramento, é possível construir uma carreira sólida, baseada na especialização, qualidade e confiança no trabalho.
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