NFT: brasileiros vendem uma foto por US$ 3,6 milhões com nova tecnologia
Uma dupla de brasileiros vendeu uma das dez fotos mais caras da história, mas ao contrário das outras, está imagem não era impressa num papel fineart ou era um filme negativo. A imagem foi vendida como uma fotografia NFT e inseriu a arte digital numa seleta lista que só possuía fotos tradicionais (leia aqui o que são tokens NFT e como criá-los).
A imagem, um NFT do fotógrafo americano Justin Aversano — pioneiro na inserção da fotografia em blockchain — foi arrematada por 850 ethereums (a segunda maior criptomoeda do mercado), o equivalente a US$ 3,6 milhões (veja a imagem abaixo).
A fotografia faz parte da icônica coleção Twin Flames — uma homenagem ao irmão gêmeo que Aversano perdeu ainda no útero da mãe. Depois de mudar de mãos nos últimos meses, a imagem digital foi comprada e agora revendida pela Fingerprints, uma empresa de artes NFT fundada ano passado pelos brasileiros Luiz Ramalho e Renato Shirakashi.
Para um investidor brasileiro que acompanhou os desdobramentos do leilão estupefato, Ramalho está fazendo história. “Ele está liderando e fala com os caras mais importantes do mundo em NFT”, disse. “O que estamos vendo é uma mudança cultural. As pessoas compram NFTs para usarem como avatar, para colecionar. Há uma quantidade de gente entrando por esse lado da cultura, e não pelo interesse em finanças”, disse Luiz Ramalho ao site Pipeline.
Em menos de um ano de vida, a Fingerprints já se transformou numa protagonista da arte digital. A ascensão meteórica da Fingerprints atraiu o interesse de badalados fundos de investimentos. Na rodada recente, a companhia recebeu aportes de Andreessen Horowitz, uma das firmas de venture capital mais ativas em cripto, e Union Square Ventures. A brasileira 2TM, dona do Mercado Bitcoin, também investiu.
O leilão da fotografia de Aversano ocorreu na PartyBid, uma plataforma que permite compras coletivas — pelo valor milionário da obra, os investidores compram frações da foto. Numa foto NFT, o valor da escassez volta a imperar, valorizando as obras — e rendendo milhões para artistas e investidores.
Fonte: Pipeline