Lula xinga fotógrafo após debate na Band: “você não sabe p**** nenhuma”

Para cumprir suas obrigações profissionais, infelizmente, os fotógrafos precisam enfrentar de tudo e engolir a seco comportamentos absolutamente absurdos de alguns clientes. Desde não poder comer durante a cobertura de longos eventos (leia mais aqui), até ouvir xingamentos desmoralizantes.

O caso mais recente aconteceu ontem à noite (16.10.2022), após o debate entre os candidatos a Presidência da República na Tv Bandeirantes. O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de receber algumas orientações do fotógrafo Ricardo Stucker, simplesmente xingou o profissional: “Você não sabe p**** nenhuma”.

O fotógrafo Ricardo Stucker dá orientações a Lula e logo depois é xingado pelo petista

Muitos internautas ficaram indignados com o tratamento de Lula ao fotógrafo: “Alguém sabe o motivo do Lula sempre tratar o próprio fotógrafo de forma estúpida? Já não é a primeira vez que as câmeras de celular flagram Lula destratando o Stuckert”, disse um usuário. Outro emendou: “Lula tratando seu fotógrafo com ‘CARINHO’, esse é o Lulinha paz e amor?”. “Lula tratando o fotógrafo oficial dele igual a um animal….. que horror”, criticou outro internauta.

Como mostra o vídeo, o fotógrafo se aproxima do presidenciável, dá dicas sobre as câmeras e fala sobre a altura da cadeira que Lula sentaria, quando ocorre o xingamento. O vídeo viralizou pela forma agressiva que o candidato tratou o fotógrafo pessoal. Veja abaixo o vídeo:

Algumas pessoas chegaram até a alegar que o xingamento se tratava de uma brincadeira de Lula com o fotógrafo, mas pelas imagens não há nenhum indício disso. Todo mundo aparece bem sério nas imagens, inclusive Janja, a esposa de Lula. E mesmo que tenha sido uma brincadeira é absolutamente abusivo e humilhante tratar um profissional desta maneira em qualquer situação.

Apesar da grande repercussão do xingamento de Lula, o fotógrafo Ricardo Stucker ainda não se manifestou sobre a maneira agressiva e desrespeitosa que o petista o tratou após o debate por apenas estar dando orientações profissionais ao candidato.

Fotógrafo já recebeu mais de R$ 1,7 milhão por serviços em 2022

No vídeo, Lula chama Ricardo Stucker de “Stuckinha”, afinal, o fotógrafo trabalha há mais de 20 anos para o petista. A empresa que tem Stuckert como sócio, a Cinefoto Stuckert Press Ltda, está entre os cinco prestadores de serviço que mais receberam dinheiro do caixa eleitoral do ex-presidente.

Até 15 de setembro, a campanha pagou 1,29 milhão de reais a empresa do fotógrafo por serviços de redes sociais e conteúdo audiovisual. Mas além das verbas da campanha, o estúdio de Stuckert ainda recebeu este ano, do fundo partidário destinado ao PT, outros R$ 533 mil também por produção de peças de audiovisual.

Quem é Ricardo Stucker?

O fotógrafo Ricardo Stucker / Foto postada no seu Instagram

Ricardo Stuckert também conhecido como Stuckinha, trabalhou como fotógrafo oficial do ex-presidente Lula entre 2003 e 2011 e é conhecido também por seu trabalho fotografando os índios Yanomanis em 1997. Foi diretor de fotografia e de imagens exclusivas do filme Democracia em Vertigem. Desde a soltura do ex-presidente Lula, em novembro de 2019, Ricardo Stuckert voltou a acompanhar e registrar a rotina do ex-presidente ao redor do país.

Descendente de suíços e ameríndios, foi influenciado desde cedo pelo pai Roberto Stuckert, que foi fotógrafo oficial do general João Figueiredo, enquanto Ricardo ainda tinha 12 anos. Aos 13 anos, aprendeu o processo de revelação do filme fotográfico com seu pai, que abriu uma agência e montou um laboratório de fotografia dentro de casa.

Aos 17 anos, Ricardo resolveu seguir a carreira do pai e fazer um curso na Escola Brasiliense de Fotografia, coordenado pelo fotógrafo e jornalista Fernando Bizerra da Silva. Cursou também Ciência da Computação, o que o ajudou a transição da máquina fotográfica analógica para a digital e a lidar com os recursos do computador.

Aos 18 anos, já era fotógrafo do jornal O Globo, onde acompanhou o então presidente José Sarney em viagens na América do Sul e em seguida, o então presidente Fernando Collor em viagem à Espanha. Em 1997, cobriu os índios Yanomanis em uma reportagem para edição especial da revista Veja. Neste trabalho realizou uma de suas fotografias mais importantes, o retrato de uma índia chamada Penha Goés, em Nazaré, no interior do Amazonas.

Após 17 anos o fotojornalista tentou localizá-la para repetir o retrato, mas só teve sucesso após um ano de busca, registrando-a então com 39 anos de idade. Sua foto foi comparada à imagem de grande repercussão da afegã Sharbat Gula, de Steve McCurry, para a revista National Geographic. Também pela revista Veja, Ricardo fotografou as Olimpíadas de Sydney em 2000, onde pela primeira vez entrou em contato com um evento esportivo de grande magnitude.

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