Inauguração de “Espaços Aprisionados”, série criada nos últimos dias da Penitenciária do Carandiru

Hoje, a partir das 15h até 22h, ocorre a inauguração da exposição individual “Espaços Aprisionados”, do fotógrafo Pedro Lobo, na galeria 1500 Babilônia (Rua Marquês de Abrantes, 19, Babilônia, Leme – Rio de Janeiro/RJ). No próximo sábado, dia 1º de agosto, ocorre o encontro com o fotógrafo no mesmo local, a partir das 14h.

Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.

Espaços Aprisionados, do fotógrafo brasileiro Pedro Lobo, tem curadoria de Miguel Rio Branco. Utilizando a fotografia de arquitetura como meio de tecer comentários sobre as pessoas que vivem e ocupam as moradias retratadas, o artista leva este olhar para a Penitenciária do Carandiru, apresentando 13 imagens feitas durante os últimos dias de ocupação pelos presos e momentos antes da demolição do complexo prisional.

Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.

“Estas imagens não são a respeito de crimes, ou criminosos, mas sim sobre seres humanos que se encontram, ou se colocaram, em situações extremamente adversas e que, apesar de tudo, decidiram não abandonar a luta por uma existência digna”, diz Lobo.

Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.

A temática na produção de Pedro Lobo gira em torno de moradias populares e os que ali habitam, provavelmente como resultado do interesse pela arquitetura, sua área de formação. Registrou favelas do Rio de Janeiro, comunidades e outros aglomerados semelhantes em cidades do sudoeste brasileiro, com o objetivo de mostrar o empenho dessas pessoas em manter a dignidade, apesar de todos os problemas, já que não possuem outra saída a não ser viver nestas comunidades excluídas.

Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.

A convite de Maureen Bisiliat, fotógrafa, video maker e escritora brasileira, fotografou a carceragem do Carandiru, em São Paulo, como parte de um projeto de memória da penitenciária. Logo constatou que os encarcerados se referiam às celas como “barracos”, termo usado para identificar as casa nas favelas, e passou a captar imagens com o mesmo objetivo de seus trabalhos anteriores.

Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.

Na série Espaços Aprisionados, Pedro Lobo desvenda estes ambientes de reclusão, mostrando as condições de limpeza e conservação das celas, bem como os trabalhos de arte nas paredes e portas – resíduos materiais das poucas formas de expressão pessoal permitidas. Com pesar, desperta a lembrança de que tudo aquilo se perdeu quando os prédios da penitenciária foram demolidos, e retrata, para a posteridade, os resquícios de memórias das rebeliões e do massacre de 111 presos, ocorrido em 1992.

Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.
Fotografia que faz parte da exposição Espaços Aprisionados de Pedro Lobo.

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