Gilmar Castro: fotógrafo à beira-mar

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Não existe acaso nas circunstâncias que levaram Gilmar Castro Moura a se tornar um fotógrafo à beira-mar, cujo olhar se fixa no balanço suave das embarcações e no relevo dos morros que formam a paisagem litorânea de Porto Belo (SC), onde ele decidiu morar.

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Gilmar Castro: “Tenho muito a aprender ainda”

É desse modo que ele vê as coisas, ao menos. Natural de São Miguel das Matas, cidade distante 200 quilômetros de Salvador (BA), Gilmar se mudou definitivamente para o litoral catarinense em 2007, depois de frequentá-lo desde 2004.  Divorciado, encontrou um novo amor na cidade e passou a trabalhar numa farmácia. Saiu para retomar a atividade empresarial, abrindo uma papelaria. Era época em que o único fotógrafo da cidade, responsável pelas fotos dos documentos e coberturas de eventos, estava de partida. Depois de fazer de improviso uma 3×4 para um cliente, um funcionário de Gilmar deu o recado: precisam de um fotógrafo por aqui.

O baiano não era um completo desconhecido das lentes. Sobrinho do fotógrafo Emanoel Castro Oliveira, recebeu em casa as primeiras lições. Mais tarde, como praticava enduro e necessitavam de alguém para documentar as provas, Gilmar assumiu a tarefa.

Assim, percebeu a oportunidade e ocupou o posto que ora vagava. Tornou-se fotógrafo profissional, seguindo uma lógica particular: se você vive disso, então é um profissional. Atualmente, Gilmar, que tem 51 anos de idade, realiza todos os trabalhos fotográficos que a comunidade necessita: fotos para documentos, de aniversários e casamentos, para books, para as imobiliárias que pipocam nessa região turística venderem seus imóveis etc. Como leva um estilo de vida frugal – seu meio de transporte preferido é a bicicleta – consegue viver satisfatoriamente.

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Sua ambição se concentra nos quadros que criou com imagens das paisagens da região. Expõe as fotos emolduradas diante de sua loja, e no interior dela também. Antes de se lançar nessa empreitada, Gilmar pediu a opinião do tio. A avaliação de Emanoel foi realista: “Eu tenho muito que aprender ainda”, repete o que ouviu do mentor. Ele compreende isso e sabe que esse é um projeto embrionário, que exige amadurecimento, especialmente no que diz respeito aos ditames da composição.

“É um caminho árduo. A tua imagem tem que ganhar uma assinatura”, pondera o fotógrafo praiano, que busca na narrativa visual a sua identidade. E também no interesse pela paisagem e no respeito pelo ser humano, matérias-primas do seu olhar. “Meu despertar é esse, quando você consegue passar uma informação [através da imagem]”, conclui Gilmar Castro, satisfeito em constatar que seu trabalho já decora as paredes de vários clientes e embalado pelo desejo de realizar um grande projeto fotográfico na região. Algo que, por enquanto, ele guarda para si. Mas é algo que deve ter relação com o mar, com certeza.

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