Exposição retrata a estética dos paparazzi

Está em cartaz no Centro Pompidou da cidade de Metz, no nordeste da França, uma ampla exposição (inclui fotografias, equipamentos, esculturas, pinturas, vídeos e instalação, num total de 600 itens) acerca do trabalho controverso dos paparazzi, esses profissionais que vivem à caça de flagrantes de celebridades e vivem com eles uma relação no mínimo ambígua: são em geral odiados, mas há muita gente ávida por sua atenção – tanto que se criou uma variação, chamada de “paparazzo soft”, no qual o profissional é contratado para fazer os “flagras”.

Em que pese a questão ética envolvida, Paparazzi! Fotógrafos, estrelas e artistas, que fica em cartaz até o dia 9 de junho, tem por objetivo esmiuçar o que Clément Chéroux, um dos curadores da exposição, chamou de “estética involuntária”, uma vez que o que está em jogo é capturar o momento, e não se a foto sairá tecnicamente impecável.

“O que nos interessou mostrar foi como é que essa estética involuntária acabou interessando a alguns artistas, principalmente a partir dos anos 60, com a arte pop”, afirma o curador, citando Andy Warhol e Helmut Newton como exemplos de artistas que assumiram influências dos paparazzi em seus trabalhos.

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Mick Jagger e Arnold Schwarzenegger flagrados por Jean Pigozzi, em 1990

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