Ex-presidente de engenharia do Google vê fim próximo para câmera fotográfica DSLR
Parece que ser trágico sobre fotografia está virando moda. E isso em todas as esferas, com afirmações vindo de grandes nomes do mercado e também do público geral – não são poucos os comentários com “É o fim da fotografia!” que nós do iPhoto Channel recebemos sempre que é anunciada uma nova tecnologia relacionada à fotografia…
Em 2016, o fotógrafo Sebastião Salgado afirmou que a fotografia como conhecemos morreria nas próximas décadas, e logo depois admitiu que estava errado. Agora o ex-presidente de engenharia do Google, Vic Gundotra, declarou em seu perfil no Facebook o seguinte:
“O fim da DSLR para a maioria das pessoas já chegou. Eu deixei minha câmera profissional em casa e tirei essas fotos no jantar com o meu iPhone 7 usando fotografia computacional (modo retrato, como a Apple chama). Difícil não chamar esses resultados (em um restaurante, com um telefone celular sem flash) impressionantes. Ótimo trabalho, Apple”
As fotos que Gundotra fez são estas abaixo, com a publicação original em seu Facebook:
É de fato algo um tanto esquisito esta menção às câmeras DSLRs, já que o uso delas dificilmente se faz para este tipo de fotografia caseira, em um jantar de família. E hoje já existem as câmeras mirrorless também (sistema que prometeu, mas também não deu um fim nas DSLRs até agora).
O que os smartphones realmente substituíram foram as câmeras compactas (point and shoot), grande sucesso de o público no início dos anos 2000. Ok, é inegável que o iPhone 7 tem uma qualidade incrível, especialmente neste modo retrato, trazendo ao smartphone a possibilidade de atribuir às fotografias uma baixa profundidade de campo, este “fundo desfocado”. Mas Vic Gundotra foi além, dizendo que “Se você realmente se importa com boa fotografia, você possui um iPhone. Se você não se importar de ficar alguns anos atrás, compre um Android”, em resposta ao comentário de um usuário que defendia o Sansung S8 como de melhor qualidade comparado ao iPhone 7.
Declarações sérias para alguém que já ocupou um posto tão proeminente, porém, a meu ver, alguém que não entende assim tão profundamente o mercado de fotografia – e nem a fotografia em si, que não é só “apontar e clicar o botão”, e exige uma gama vasta de conhecimento; o equipamento é só uma ferramenta. Aliás, a fotografia como conhecemos está em constante mudança – é só dar uma olhada na primeira câmera digital para entender.
E você, o que acha disso? Deixe sua opinião nos comentários!
Não li sobre o que fizeram sobre melhorias fotográfica do iphone7, mas, levando em conta fácil para carregar para os lugares e etc. A câmera é equipada com uma lente com ângulo de visão equivalente a uma 28 mm e construída com 6 elementos. A abertura de diafragma está em ƒ/1,8… Fotos em RAW que depois pode edita-la. O que notei nas fotos a noite no iphone7, foi como um tipo de brilho… Como uma camada de verniz. Isso me impressionou demais Ruca Souza!
Parabéns pela matéria!
Oi Fernando, obrigada pelo comentário.
Você viu esse brilho pela tela do iPhone? Se sim, talvez seja próprio da tela mesmo que dá esse “brilho” adicional, uma nitidez aumentada…
Faz o teste vendo a foto em um monitor comum e me fala 🙂
Abraço!
De nada, Ruca!
Foi umas fotos que minha sobrinha me enviou.
Visualizei pelo um cel zenfone 5.
Achei impressionante, Ruca!
Lembrei da nikon D5500 que eu tive… E fiquei lembrando das fotos que tirei, e se cheguei perto de tal nitidez sendo tirado a noite.
O processamento do iphone7 é impressionante!
Obrigado pela atenção, Ruca.
Abraço!
… Agora vamos tentar fazer um casamento ou um evento inteiro com o telemóvel!!! 😉 ….
Concordo meu caro colega.
Coitado. Quando ele souber que a KODAK e a FUJI estão retomando produção das fábricas de película, vai ter um piripaque. Quando ele souber que películas gravarão imagens digitais pode ter uma síncope. Vou acompanhá-lo para não correr o risco de i atrás de alguma ideia dele.
Hoje quase um ano depois vemos sair o P20 e sim, já é possível fazer um álbum inteiro com apenas um celular!
Esta matéria não tem fundamento algum. Dizer que os celulares substituiram as câmeras compactas, isso com certeza e faz tempo, não há novidade alguma ai, mas profissionalmente, aonde em alguns eventos um fotógrafo profissional chega a clicar 3000 vezes ou mais….vai lá com seu I-fone…kkkkk
Fotógrafo fala de fotografia. Cada um gorjeia o que vem à mente e ele está vendendo seu produto. Apenas isso.
Mas o enunciado foi alarmante, boa estratégia para ter acesso. Só não use sempre.
#ficaadica
Acho que ainda vai demorar um pouco para que os smartphones e iphones dêem conta do recado com os mesmos recursos e qualidade.
A fotografia continuará o seu processo de transformação, como tudo no mundo, não sei com o que estaremos clicando daqui a 10 anos, porém nada substituirá o talento e o conhecimento do fotógrafo, o saber sobre fotografia, sobre cores, formas e texturas, saber sobre a história da arte ou se inspirar em um grande pintor, isso não mudará, e quanto as cameras, que sejam cada vez melhores e mais leves.
Concordo com tudo que escreveu o Henrique Ferrera e não concordo com o citado ex-presidente, ora até hoje fotografamos com câmeras analógicas, estão aí firmes, as DSLRS vieram para ficar e vão se atualizando com novas tecnologias e vamos sim dar mais atenção e respeito ao fotógrafo, que estuda, pesquisa, e não apenas clica em uma tela.
Como fotógrafo ele é um ótimo engenheiro.
To vendendo uma japonesa com flash embutido e filme de revelação com pilhas de controle remoto. O único inconveniente é que não consigo rolos Kodak para tirar belas tiras e revelar em alguma loja de fotografias.
Tenho um iPhone 7 Plus e sou fotógrafo profissional. A câmera do celular é realmente ótima, mas dizer que é o fim das Dslrs só mostra o quão razo é o conhecimento dele sobre fotografia. Como bem dito na matéria, nem as mirror less ainda conseguiram conquistar este posto! Beijo!
Interessante a matéria, mas a utilização de máquinas fotográficas só chega ao fim para uso comum. Lembrando que com a apresentação do filme colorido foi previsto o fim do filme preto e branco, o que não ocorreu, com a fotografia digital, previu-se o fim do filme de rolo, apesar da expressiva redução do uso, ele ainda existe, apesar do avanço dos celulares, ainda existem situações em que apenas uma DSLR irá atender, lembrando que um celular nunca terá a mesma fidelidade de uma Full frame ou de um rolo ou pelicula, devido às restrições dimensionais. Nem as mirrorless substituem plenamente uma DSLR. Esta é apenas mais uma previsão furada.
E como fica a situação da ampliação? já que o sensor de qualquer Smartphone é minusculo comparado ao de uma DSLR
Para a maioria das pessoas, não esta “chegando ao fim” porque a maioria nunca teve condições de comprar uma DSLR “cropada” muito menos “Fullframe” (para quem não sabe uma câmera fullframe é uns 10 mil sem a lente)
Engraçado como falam do IPhone 7. Nas comparações que vi até hoje ele sempre fica em terceiro ou quarto lugar como a melhor câmera. Há outros celulares com câmeras melhores. Galaxy S8, Google Pixel e outros superiores. Pesquisem e descubram que IPhone já não é mais o melhor celular.
Concordo com vc é achei legal seu breve ponto de vista.
Para amadores e que fazem apenas fotos caseiras os celulares ajudam bastante.
Agora vai trabalhar na área usando um iPhone. (Me imaginei cobrindo uma manifestação no centro da cidade, com fumaça e bomba pra todo lado, hahaha)
Cada um na sua, de preferência calado.
Comentário infeliz, provavelmente ele n explorou 10 por cento das funções dá sua dsrl encostada.
Certeza
Só mais um comentário pra gerar polêmica e acessos na rede. Pior é q tb ganhou meu acesso… rsrsrs
Mudou, sim. Tá mudando, sim. Mas “dias contados” é muito exagero. A maioria dos trabalhos fotográficos profissionais não podem ser realizados sem uma SRL. Fato.
Eu mesmo utilizo uma mirrorless e um iPhone como câmeras extras, mas a qualidade final não se compara.
Pra Usuario doméstico é outra história. Mas não são eles q vão determinar “o fim das dslr”.
Ele não é etário e nem mesmo bobo e acha que somos todos… O que ele quer e que todos tenha um telefone na mão para acessar as ferramentas que ele cria… se eu fosse um executivo de uma empresa desta também defenderia a minha bandeira… e para quem não é fotografo de verdade, ou profissional ou mesmo que não conhece os recursos de lentes, sistemas de controles de imagens, vão ler um comentário infame deste e vão dar credito por que é do “engenheiro do Google”…como dizia o Steve Jobs “Bravatas, as pessoas gostam de bravatas” e esta é uma boa bravata para vender telefonezinhos “smarts” que tenham ferramentas que eles criam…
Na matéria em que o Sebastião Salgado falou sobre o fim da fotografia (https://iphotochannel.com.br/fotografia-documental/eu-estava-errado-diz-sebastiao-salgado-que-ve-longo-futuro-na-fotografia) eu escrevi um tanto de coisas e porque eu odeio smartphone. Dá para aproveitar um trecho aqui também:
“Isso é apenas uma indústria querendo ganhar bilhões e bilhões, fazendo uma propaganda totalmente mentirosa, enganosa e falsa, querendo vender a imagem de que, com um smartphone o consumidor pode fazer “fotos” boas. O que eles querem é que o consumidor troque de aparelho a cada ano.”
Só uma pergunta: Se o tal do smartphone evoluir, será que as máquinas DSLR não vão evoluir também? É claro que sim! Se a tecnologia puder fazer com que um sensor minúsculo de uma porcaria de smartphone possa tirar boas fotos, o que dizer então em relação aos sensores APSC e sobretudo FULLFRAME? Vão continuar evoluindo e fazendo fotos com qualidade sempre superior a essa porcaria chamada smartphone.
Esse sujeito quer apenas alimentar mais esse propaganda totalmente mentirosa, enganosa e falsa. E quem não entende nada de fotografia, cai nessa. Que pena! Já ouvi meu chefe dizendo que quem tem um smart com câmera de 16 megapixel não precisa de máquina fotográfica. E quando fui explicar que ele estava errado, ainda teimou comigo.
Quem me dera se eu pudesse falar para bilhões de pessoas e explicar que uma máquina fotográfica é muito superior a esse porcaria de smartphone!!!! Sem contar o prazer de ter uma máquina de verdade nas mãos. E eu nem sou fotógrafo profissional! Apenas tenho um imenso prazer em fazer boas fotos!
Eu usava uma fuji finepix e era um sofrimento. Quando minha mulher falou que estava grávida comprei uma nikon D3300 nova. Eu queria o melhor para registrar por toda vida as primeiras imagens da minha filha e era o que o dinheiro dava para comprar. Quando peguei a máquina na mão pela primeira vez, senti toda a diferença! Que delícia de máquina! Que imagens ótimas! Que prazer! Eu ainda nem comprei minha primeira full frame e vem esse cara falar que é o fim das DSLR.
Vocês entendem porque eu odeio esse indústria mentirosa? Já vi matéria em jornal grande dizendo que essa porcaria de iphone faz fotos tão boas quanto uma DSLR. Quanto o sujeito ganhou para escrever essa mentira? Ou será que ele não entende nada de fotografia também?
Manda um fotógrafo profissional fazer um casamento com um iphone 7. Vamos ver se a noiva vai gostar do resultado!!! Propaganda mentirosa!!!!!
Considero muito importante que um site como este trabalhe o tema fotografia e equipamentos fotográficos de verdade. Continuem esse bom trabalho de vocês.
É fato que a Apple produz aparelhos que entregam ótimos resultados fotográficos, mas obviamente não podem ser comparados ao resultados obtidos das nossas queridas DSLRs. São equipamentos diferentes (se é que podemos chamar um smartphone de equipamento fotográfico) para usos diferentes, logo entendo que não há comparação.
Bom. Este tipo de declaração deve nos fazer pensar. Neste mundo da tecnologia e rivalidade entre MARCAS, muito pouco de ciência e tecnologia futura importam.
Lembro que minha primeira digital era uma Sony MAVICA (ainda a tenho operacional até hoje) e que muitos torceram o nariz (especialmente fotógrafos que permaneciam com filmes.
Ainda hoje fotografo com filme, a cores e P&B, entretanto existem câmeras DSLR que estão oferecendo recursos que me fazem pensar sobre continuar com filme para alguma aplicações.
Talvez o Gundotra não tenha entendido ainda a alma da fotografia que não é movida a marcas e marketing.
As vendas das DSLRs com certeza vão diminuir bastante, mas acabar é mito, pelo menos a médio prazo. Nem os LPs acabaram, e menos ainda os CDs…
O assunto dessa matéria não é novo. O foda é a posição do cara. Ganha peso e assusta consumidor. Salgado disse e disse com propriedade. Recou por pressão de patrocinadores. À época publiquei este artigo, em 17-02-17, sobre a afirmação dele: Entao!
Alguém aqui dúvida que está retratação pública do Salgado, foi para acalmar os seus patrocinadores do universo fotográfico?
Quem o conhece sabe que a primeira afirmação dele, de que a fotografia iria acabar, não foi dita ao sabor do momento. A própria reportagem de O Globo trás dados assustadores para a indústria de câmeras DSRL, em detrimento à avalanche de Smartphones.
Quando Salgado se refere à fotografia, e ele deixa isso muito claro quanto ao seu aspecto tangível, fala com propriedade e de sua importância na vida e para a memória das pessoas. O processo da desmaterialização das coisas ou se preferirem, a transformação de quase todas as coisas em códigos numéricos e binários, não me deixa dúvidas: são apenas imagens. Muito embora a democratização do fazer imagens eletrônicas tenha se confundido em algum momento com o fazer algo permanente e que tenha valor espiritual ao ser humano, sobre suas lembranças, acende acaloradas discussões, comparações entre um jeito e outro de se comunicar visualmente. Afinal, quem aqui consegue se lembrar dos detalhes intrínsecos de uma fotografia que não seja somente o seu aspecto luminoso em uma tela acesa? O cheiro, a textura, o peso do papel e sua imposição de espaço definido. Alguns poderiam dizer: podemos imprimir nossas fotos eletrônicas. Sim. Mas não terá a sensação do controle absoluto da criação e de todo o processo do fazer fotografia. Ainda assim será apenas imagem, não fotografia. Romantizamos a coisa toda, para nos sentir mais íntimos dela e confortáveis. Apregoamos a estética mais eficaz pela melhor objetiva, pela melhor câmera e nos esquecemos da vivência e convivência, da experiência, da própria história como base de um pensar crítico e questionador. Apenas aceitamos o óbvio: nos planificamos de bom grado, porque não precisamos mais pensar de forma crítica e diferente.
Logo, não há textura nem dimensão palpável. Se é para ser democrática a todos, que não exclua alguns da graciosa experiência do sentir e se incluir no espaço do recorte fotográfico. Do contexto sensorial do tato, pela ausência da textura e do sonho de ser fotografia. Que o diga Evgen Bavcar, fotógrafo esloveno e cego.
Bom dia a todos.
Cláudio Cunha – Fotógrafo e jornalista.
Coitado. Quando ele souber que a KODAK e a FUJI estão retomando produção das fábricas de película, vai ter um piripaque. Quando ele souber que películas gravarão imagens digitais pode ter uma síncope. Vou acompanhá-lo para não correr o risco de i atrás de alguma ideia dele.
Pois é.
Eu tenho uma percepção parecida com a sua, mas acho que haverá um encolhimento na produção e venda de câmeras digitais. Isso já se reflete no mercado, mesmo que seja mais em relação às pessoas que não são “fotógrafos” e que deixam de comprar uma câmera para comprar um celular de última geração.
E vou lhe dizer que as fotos tiradas com esse modelo descrito na matéria realmente são fabulosas para um simples aponte e clique.
Em verdade estamos diante de uma nova onda na transformação da fotografia, como ocorreu da fotografia analógica para a digital, só que com a transformação de celulares e tablets em máquinas fotográficas.
Saudações!