As 48 lentes de 400mm que estão ajudando a descobrir novas galáxias
O astrônomo Pieter van Dokkum estava procurando maneiras de estudar galáxias, então começou a utilizar equipamentos com os quais estava familiarizado como fotógrafo amador. Graças em parte a alguns revestimentos óticos avançados, ele e sua equipe de pesquisa têm sido capazes de descobrir galáxias nunca vistas antes.
Em 2011, van Dokkum e seu colega, o professor e astrônomo Roberto Abraham, estavam discutindo maneiras de observar melhor a luz cósmica muito difusa que está espalhada por telescópios tradicionais, como Hubble. Os pensamentos de Van Dokkum voltaram-se para o seu equipamento de imagem de consumidor comum: nada de telescópio superpotente, mas uma câmera fotográfica. Na época, falava-se vem da recém-lançada lente 400mm f/2.8 II da Canon.
A 400 mm f/2.8L II oferece a tecnologia de revestimento SubWavelength Structure Coating (SWC), projetada para minimizar o reflexos (flare) e os fantasmas (ghosting) causados por reflexos secundários entre a superfície do sensor e os elementos da lentes, que podem levar à degradação da imagem significativa em DSLRs.
Este tipo de revestimento, teoricamente, ajudar a captar luz suficiente para estudar galáxias com ‘brilho superficial baixo”. E foi isso que Van Dokkum fez. Nos testes, a lente 400mm mostrou-se melhor do que muitos telescópios para este trabalho específico. Então os cientistas resolveram adquirir mais lentes e criar o Dragonfly Telephoto Array, um sistema com 48 lentes para observar o Universo.
Porém, não é uma câmera Canon 5DSR por trás de tudo isso, nem semelhante. Cada lente tem sua própria câmera science-grade CCD de 8 megaíxels, com filtros astronômicos próprios. As câmeras e lentes estão conectadas entre si e há um computador Intel que cuida do processamento e armazenamento de dados. Tudo isso controlado por um computador central que obedece a comandos como “auto observar Marte” e “expor por 900 segundos”.
O equipamento tem ajudado examinar corpos celestes muito observados, como o Coma Cluster, onde foi capaz de identificar o que a equipe de investigação tem apelidado de “galáxias ultradifusas”. Eles continuam descobrindo mais dessas galáxias com a ajuda do Dragonfly Telephoto Array, e tem como objetivo aprender mais sobre variedade e formação das mesmas.
Fonte: DP Review
Faltou uma foto que o conjunto de lentes captou.
Verdade, André! Atualizamos na matéria 🙂