Ainda dá tempo: exposição “Modernidades fotográficas” vai até 5 de março
Até 5 de março (domingo), é possível explorar as mais de 160 imagens que compõem a exposição Modernidades fotográficas, 1940-1964, em cartaz no IMS-RJ (Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, Rio de Janeiro/RJ). A mostra apresenta a obra de quatro grandes fotógrafos brasileiros num período crucial para a formação da fotografia moderna no país. O site Huffington Post, em julho de 2015, elegeu a mostra uma das cinco melhores exposições do mundo para serem visitadas. A entrada é gratuita.
Com curadoria de Ludger Derenthal, coordenador da coleção de fotografia da Kunstbibliothek em Berlim, e Samuel Titan Jr., coordenador executivo cultural do IMS, a mostra apresenta do fotojornalismo de José Medeiros (1921-1990) ao modernismo de Marcel Gautherot (1910-1996), da abstração de Thomaz Farkas (1924-2011) à fotografia industrial de Hans Gunter Flieg (1923) – com um país em rápida e contraditória transformação como pano de fundo.
Em um período de grande fluxo migratório, a origem dos quatro fotógrafos não poderia ser mais distinta. Gautherot era parisiense, de origem operária, com formação em arquitetura e com a vida mais nômade entre eles. Simpático à esquerda, tinha especial interesse pelo processo de formação de uma identidade nacional e colaborou com diversas iniciativas e órgãos do Estado brasileiro. Flieg, judeu alemão que fugiu do nazismo e da guerra, foi o único a estabelecer um estúdio fotográfico e prestou serviço para clientes quase sempre industriais, criando para si uma imagem de fotógrafo profissional. Medeiros, brasileiro do Piauí, foi o fotojornalista por excelência, aprendendo o ofício no dia a dia das redações do Rio de Janeiro, onde se estabeleceu. Farkas nasceu em Budapeste, em uma família de comerciantes judeus de material fotográfico, se interessou bastante jovem pela fotografia como linguagem e se tornou o mais “artista”, o mais “vanguardista” do grupo.
Fonte: IMS