Clayton Cubbit: é proibido proibir
“O meu trabalho é feito de enormes contrastes, entre as artes plásticas e a arte comercial e entre temas tão variados como a moda, o retrato e o documentário. Aquilo que une todas essas coisas é um desprezo pelos conceitos de permitido e não permitido, alto ou baixo, sagrado ou profano, profissional ou pessoal”. Filho de um canadense com uma hippie, concebido na traseira de uma Volkswagen durante uma roadtrip, o fotógrafo, diretor de vídeo e escritor Clayton Cubitt não gosta do tradicional: o que ele curte é misturar moda com tecnologia.
Cubbit se tornou conhecido após realizar o fotodocumentário Operation Eden, no qual retratou os sobreviventes do furacão Katrina e mostrou a realidade, então mistificada pela mídia. Ele, que adora provocar o espectador, realizou uma série polêmica de vídeos chamada Hysterical Literature, na qual filmou mulheres lendo trechos de livros eróticos enquanto são estimuladas até atingirem o orgasmo. O nome é uma referência ao conceito de histeria feminina (“female hysteria”), desenvolvido principalmente durante o período vitoriano e utilizado para definir qualquer tipo de comportamento feminino considerado fora da norma da época.
Alguns de seus clientes são revistas mundialmente conhecidas como Vogue, GQ e Rolling Stone e, na área de publicidade, a Converse, Nike e Microsoft apostam em seus trabalhos. Já seus projetos pessoais são feitos de enormes contrastes, como ele mesmo descreve. Seu trabalho de vídeo artístico e de música já foi visto mais de 30 milhões de vezes e conta com artistas como Die Antwoord, Big Freedia, Xiu Xiu, Cocorosie, Stoya e Nicky Da B.
Confira o vídeo da série Hysterical Literature:
Fonte: Observador.