Exposição trata o envolvimento do artista na obra

Você já analisou o quão envolvente pode ser o ato de retratar? O quanto do artista está presente em uma imagem, e mais especificamente, em um retrato? A essência é o outro mas captá-lo pode envolver muito de quem está por trás da câmera. A mostra “Jamais me olharás lá de onde te vejo” traz dentre essas, outras questões sobre o assunto.

Regina Parra, “não eu”, 2019, Óleo sobre papel, 76 x 56 cm, Cortesia Galeria Millan

As obras são de Éder Oliveira, Regina Parra e Virgínia de Medeiros e fazem parte da oitava edição do programa Arte Atual, que acontece no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. O título da exposição vem do livro 11 de O Seminário denominado Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise de Jacques Lacan.

Frame da videoinstalação “Clamor”, 2019, Cortesia da Galeria Nara Roesler e Artista

O limite entre a obra e o artista são questionadas. O Núcleo de Pesquisa e Curadoria composto por  Diego Mauro, Luana Fortes, Priscyla Gomes e Theo Monteiro, afirmam que: “É possível, por intermédio dos trabalhos, discutir parâmetros de como os artistas constroem os limites entre o “eu” e o “outro”, e delimitam relações de afinidade e de distinção. Mais do que isso, os trabalhos presentes explicitam como os artistas convidados se valem da figura humana como uma de suas ferramentas para abordar a violência que imputamos ou a que são imputados nossos corpos, os limites e rastros do tempo e a noção do corpo como um lugar de resistência”. A exposição fica aberta ao público até o dia 29 de setembro, de terça a domingo, das 11h  às 20h.

Fonte: InfoArtSp

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