No Rio: Galeria do Ateliê inaugura Estado Misto, de Andréa Bernardelli

Estado Misto, exposição da fotógrafa Andréa Bernardelli, será inaugurada na Galeria do Ateliê (Ateliê da Imagem Espaço Cultural, Avenida Pasteur, 453, Urca, Rio de Janeiro/RJ) nesta sexta-feira, dia 7 de abril, às 19h, resultado de uma parceria com o Ateliê Fotô de SP. Curadoria de Eder Chiodetto. Visitação até dia 10 de junho. A entrada é gratuita.

A série é composta de 57 fotografias redondas e uma retangular com um círculo cortado, que a artista chamou de OCO como espécie de ser em potencial – todas , com a intenção de tangenciar a própria ideia de foco e margem e de aparição e desaparição no mundo do visível, as imagens-átomos de Andréa Bernardelli.

Como dar conta de todas as imagens que nos habitam e que habitamos? Como entender a dimensão interior e sua aparição no mundo exterior? Entre o claro e o escuro, o que pode uma imagem, repetidas vezes nos dar a ver? Da imagem vazada, qual é a potência do olhar? 

Foto: Andréa Bernardelli
Foto: Andréa Bernardelli

Nietzsche formulou o conceito do eterno retorno como um desafio para o pensamento: e se tivéssemos que “viver mais uma vez e por incontáveis vezes”? Um conceito para pensar a potência do presente, os ciclos. Como um trânsito de gestos que orbitam as existências.

A artista investiga como a vida se organiza a partir do entrelaçamento entre o visível e o invisível. Utilizando-se da metáfora de um átomo, Andréa trabalha com a produção de fotografias redondas – um formato completamente atípico para o mundo retangular das imagens ocidentais.

O título do trabalho nasce da metáfora deste estado do visível que habitamos – e que é, também, o da vida das imagens – é um Estado Misto entre o aparecer e o desaparecer. “O visível abarca a presença e a ausência e nos instiga à percepção. E é a imagem quem revida o nosso olhar”, diz a fotógrafa.

Foto: Andréa Bernardelli
Foto: Andréa Bernardelli

Andréa Bernardelli participou de diversos cursos no Internacional Center of Photography de Nova York, MAN-SP, Estúdio Madalena e, atualmente, integra o grupo de estudo e criação em fotografia no Ateliê Fotô com Eder Chiodetto e Fabiana Bruno. Em sua jornada utiliza a fotografia como instrumento de investigação de transitoriedade, da perplexidade existencial, dos intervalos de sentido. Foi vencedora do Prêmio Porto Seguro Brasil 2009, com a série Maré de rio.

Fonte: Eli Rocha/Ateliê da Imagem Espaço Cultural

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