Voto de confiança no mercado capixaba

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Não dá para desligar um minuto. Se você vive da fotografia de moda, tem que estar o tempo todo focado. A afirmação é de João Araújo, de 40 anos, fotógrafo que possui estúdio e agência de modelos em Vila Velha (ES). “Precisa viver isso intensamente, dificilmente será bem-sucedido se não estiver envolvido pela moda, que é muito mutante. Se ficar um pouquinho distante, quando você retorna, já está tudo mudado. É preciso muito estudo e pesquisa de mercado”, acredita o mineiro, nascido em Mutum, e cuja trajetória profissional começou aos dezessete anos de idade.

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João Araújo mostra confiança: “Este estado tem potencial”

“Meu cunhado e meu irmão trabalhavam com fotografia. Ainda quando criança ficava no foto do meu cunhado ajudando, depois de um tempo meu irmão montou um foto e fui trabalhar com ele. No foto fazíamos todo tipo de fotografia, mas sempre gostei mais de fotos de estúdio com modelos”, explica João, que ficou certo de sua vocação depois que começou a fotografar para a marca de um conhecido: “Foi quando tive certeza do que queria”.

Segundo conta, sua rotina atual tem se resumido a fotografar “catálogos, catálogos, muitos catálogos”. Quebrando o padrão, há os editoriais de moda, que João executa para revistas do Brasil e de fora. E também anda desenvolvendo alguns vídeos de moda. “O mercado vem investindo muito em vídeo devido à facilidade e ao grande acesso disso em redes sociais e em seus próprios websites. O vídeo se tornou um ótimo custo-benefício para o cliente, pois ele consegue atingir uma grande massa de clientes a um custo relativamente barato”, explica João, que filma com a suas Canon Mark II e III mais um conjunto de tripés, steadicam, slider e três fontes de LED com controle de potência e temperatura: “Gastam pouca energia e, principalmente, não deixam o ambiente uma sauna”.

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João, que viveu um tempo em São Paulo, confia no potencial do Espírito Santo, um dos três maiores polos da confecção no país. Um lugar bom para se fotografar moda, em sua opinião, e sujeito aos mesmos contratempos dos outros estados: “A concorrência existe como em qualquer lugar, muita gente nova fazendo besteira de cobrar barato, bastante coisa de péssima qualidade, que caba confundindo um pouco a cabeça do cliente, afinal, hoje todo mundo pode dizer que é fotógrafo”, relata o mineiro, que eventualmente faz trabalhos para clientes no Rio, Minas e São Paulo.

Esse cenário, no entanto, não parece assustá-lo, na medida em que acredita ter dado seu recado aos clientes (“me procuram pelo conhecimento e a segurança de um resultado na medida certa”) e pela confiança que deposita no seu “quintal”: “A qualquer momento este estado vai brilhar, pois tem todo o potencial para isso”, aposta.

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