A manipulação de imagens está cada vez mais saindo fora de controle. A Africa Geographic anunciou que a fotografia vencedora do concurso de 2019 foi manipulada e portanto o vencedor desqualificado.
Björn Persson foi o fotógrafo responsável pela imagem intitulada “Tim no Parque Nacional Amboseli, no Quênia” onde mostra um elefante queniano em um campo com nuvens escuras no céu. Persson recebeu o prêmio como melhor fotógrafo do ano mas sua fotografia foi analisada por uma comunidade de pessoas que conhecem Tim, o elefante, que rapidamente identificaram algo de errado com as orelhas do animal.
Ao longo da vida Tim perdeu um pedacinho de sua orelha o que se tornou uma marca registrada. As fotografias realizadas por Selengei Poole-Granli, que também participaram do concurso, mostram o dano, já nas do vencedor ela foi “curada”. A Africa Geographic disse que na hora da análise os jurados não identificaram o detalhe.
“Os juízes não identificaram o erro durante o processo de julgamento” explica a Africa Geographic, “embora tenham feito comentários sobre o outro óbvio trabalho de pós-produção da imagem, que consideram aceitável e que acrescenta à ‘dimensão mística de Tim, uma sensação de fantasia e lenda’” conclui.
A revista conversou com Persson sobre o ocorrido e o fotógrafo explicou que a manipulação aconteceu sem querer. Mas mesmo assim o ato infringiu as regras da premiação. “A explicação do participante, de que esse erro ocorreu de forma não intencional enquanto ele limpava a imagem (uma prática comum entre os fotógrafos), foi aceita pelos juízes – mas a decisão de desqualificar a imagem permanece” explica a Africa Geographic.
Esse caso é mais um entre tantos que acabamos encontrando ao longo da história da fotografia, por isso a enorme importância de tomar cuidado com a manipulação das imagens e ainda mais de estar atento a ética fotográfica dentro de cada concurso.
Fonte: Africa Geographic