Há 10 anos, André Liohn registra conflitos no mundo inteiro, como a ditadura de Muammar Gaddafi, na Líbia e a Primavera Árabe na Somália. Dessa vez, André mostra o conflito de casa: a violência no Brasil. A exposição Revogo começa neste sábado, 10/10, a partir das 16h com visita guiada, na Caixa Cultura (Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP). A entrada é grátis e a classificação indicativa é 16 anos.
Em 2012, André Liohn tornou-se o primeiro fotojornalista latino-americano a receber o prestigiado Robert Capa Gold Medal pelo Overseas Press Club, por seu trabalho sobre a guerra civil da Líbia. Depois de vinte anos morando no exterior, dez deles dedicados à fotografia de conflitos armados, o brasileiro decide retratar seu país. É o que ele mostra em Revogo. No dia 14 de outubro haverá visita guiada com o fotógrafo e o curador, às 17.
Sob a curadoria de Thomas Roma, Revogo é consequência de três anos de trabalho fotográfico por todas as cinco regiões brasileiras. “É o efeito da minha insatisfação não apenas com o meu passado, mas minha revolta com o fato de que, ainda hoje, milhões de indivíduos nascem, amadurecem e morrem sob os efeitos da perpetuação das injustiças brasileiras”, conta André Liohn.
Revogo tem uma proposta simples: usar o método da fotografia de guerra para retratar e questionar a violência no Brasil e, daí, revogar certezas sobre as causas, consequências e soluções.
André viajou pelo país e fotografou tanto em capitais como em cidades do interior. As primeiras fotos foram feitas em novembro de 2012 e as últimas durante o primeiro semestre de 2015. Ao todo são 60 fotografias e as imagens não estão identificadas com os locais e momentos em que foram feitas. “A legenda da mostra é uma só: Onde? Brasil. Quando? Hoje”.