Um recente relatório lançado pela ONU foi considerado o mais extenso sobre perdas no meio ambiente. Um milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçados de extinção. O projeto contou com 145 cientistas de 50 países e foi realizado em parceria com a Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema (IPBES).
O estudo com base na revisão de 15 mil pesquisas científicas e fontes governamentais aponta as principais causas das extinções: perda do habitat natural, exploração das fontes naturais, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras. Em resumo as atividades humanas vêm afetando de forma direta a vida dos animais e seu desenvolvimento. O ambiente marinho foi afetado em 66% e o ambiente terrestre teve três quartos de deterioração.
O relatório ainda traz outros dados como: 75% da água limpa é voltada para plantação e criação de animais, a derrubada de madeira aumentou em 45%, a degradação da terra reduziu a produtividade de 23%, as áreas urbanas dobraram desde 1992, a poluição plástica aumentou dez vezes desde 1980, mesma época em que dobraram as emissões de gás carbônico.
Instituto Terra de Sebastião e Lélia Salgado
O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e sua esposa Lélia Wanick fundaram em abril de 1998 o Instituto Terra na fazendo onde o fotógrafo cresceu. A intenção era replantar as árvores que foram destruídas por conta da plantação de gado, “mais de 7.000 hectares de áreas degradadas estão em processo de recuperação na região e mais de 4 milhões de mudas de espécies de Mata Atlântica já foram produzidas” descreve o site do projeto.
Nos últimos dias notícias sobre a iniciativa do casal tem rodado a internet como uma mensagem de esperança. Salgado é conhecido mundialmente como um renomado fotógrafo, seu último trabalho “Gênesis” trata justamente sobre lugares intocados no mundo, onde o homem nunca tocou e degradou.
Projetos como o Instituto Terra nos mostram a essência do fotógrafo, a verdade por trás de seus trabalhos. São iniciativas que buscam fomentar sua visão de mundo não apenas em imagens mas também em gestos.
Fonte: G1 e Instituto Terra