Tirar selfies obsessivamente agora é conhecido como transtorno mental

No fim do ano passado, os pesquisadores Janarthanan Balakrishnan, da Thiagarajar School of Management em Madura, na Índia, e Mark D. Griffiths, da Nottingham Trent University em Nottingham, no Reino Unido, publicaram um artigo que aponta a obsessão por selfies como um transtorno mental.

O estudo criou uma Escala de Comportamento de Selfitis (Selfitis Behavior Scale) que visa classificar pessoas auto-obcecadas em graus de manifestação de selfies. Em primeiro lugar, os pesquisadores apresentaram um conjunto de 6 fatores que levam as pessoas a tirarem selfie obsessivamente:

  • Fator 1: aprimoramento ambiental
  • Fator 2: competição social
  • Fator 3: busca de atenção
  • Fator 4: modificação do humor
  • Fator 5: autoconfiança
  • Fator 6: conformidade subjetiva
Foto: Pexels

Eles encontraram 225 alunos de duas escolas nas universidades da Índia e classificaram-nos como limítrofes, agudos e crônicos. 9% dos participantes tiraram mais de 8 selfies todos os dias e 25% compartilhavam pelo menos 3 desses selfies nas mídias sociais.

Dos participantes, 34% eram limítrofes, 40,5% eram agudos e 25,5% eram crônicos. Verificou-se que os homens exibiam selfitis a uma taxa mais elevada do que as mulheres – 57,5% em comparação com 42,5%, respectivamente. As pessoas mais jovens da faixa etária dos 16-20 anos também eram as mais suscetíveis.

“Normalmente, aqueles com a condição sofrem de falta de autoconfiança e buscam se ‘encaixar’ com aqueles que os rodeiam e podem exibir sintomas semelhantes a outros comportamentos potencialmente viciantes”, diz Balakrishnan ao New York Post.

Segundo o pesquisador, a existência da condição parece ter sido confirmada, porém, espera-se que novas pesquisas sejam realizadas para entender mais sobre como e por que as pessoas desenvolvem esse comportamento potencialmente obsessivo e o que pode ser feito para ajudar as mais afetadas.

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