Simone Di Domenico: o estúdio dos sonhos

Durante os vinte anos em que trabalho com fotografia, procurei colocar em prática os ensinamentos do meu pai, que para mim é um grande fotógrafo. Aprendi com ele que trabalho, comprometimento, determinação e propósito realizam sonhos. Hoje me sinto completamente realizada ao inaugurar um novo espaço em Porto Alegre (RS), um estúdio que idealizei muito. Olho para ele e sei que é o resultado de cada disparo da minha câmera, do meu trabalho de todos os dias, finais de semana e até madrugadas.

Venho de uma cidade do interior chamada Rodeio Bonito, onde vivi trinta anos. Nos últimos oito anos, reconstruí minha vida em Frederico Westphalen, também no interior do Rio Grande do Sul. Nesse período, projetei esta mudança, que precisou de muita persistência, coragem e foco, pois Porto Alegre é um grande recomeço.

Acredito que tudo em nossas vidas é resultado do amor que colocamos no que fazemos. Se nos preocuparmos verdadeiramente com as pessoas que estamos fotografando, encontramos a essência, que é onde as coisas fluem quase que magicamente. A regra é simples: se fotografar com amor, receberá amor, se fotografar com respeito, receberá respeito e se fotografar com a alma, encontrará a verdade, obtendo fotografias autênticas. Se conseguir isso, você terá imagens eternas e poderá agregar valor a elas, melhorando assim os seus resultados materiais.

Preparei o meu estúdio para retratar pessoas, paixões, sorrisos, carinhos – enfim, sentimentos. Preparei-o também para receber profissionais da fotografia que se identifiquem com o meu trabalho, oferecendo assessoria particular, pois acredito que a circulação de informação e conhecimentos contribui para a evolução da profissão de fotógrafo.

Deixo aqui o meu exemplo de que a fotografia tem força e que, se a vivermos verdadeiramente, ela pode ser também a nossa força, o nosso poder, o nosso prazer. Coloco a minha vida em cada fotografia que deixo para o mundo, as faço para representar existências e histórias de vida. Não as faço para serem apenas modernas, mas sim, eternas.