Seria essa a nova tendência fotográfica?

Parece, de fato, que existe uma nova geração de fotógrafos: aqueles que em vez de buscar retratar as pessoas como elas aparecem em revistas de celebridades com super produções, manipulação de imagem, sem nenhuma marca ou mancha na pele, sem flacidez no corpo ou dobrinhas a mais, procuram mostrar exatamente o contrário: a realidade.

Ultimamente uma onda de fotógrafos têm preferido se distanciar das manipulações de imagem em excesso, da cena super posada, dos modelos maquiados demais, etc. Nós já publicamos aqui algumas matérias de fotógrafos que preferem retratar a naturalidade de cada pessoa.

A fotógrafa Maria Caroline Pace, cansada do sexismo e o preconceito, mostra neste ensaio tudo àquilo que vai contra a ideologia criada lá na década de 20: mulheres tatuadas, pele em excesso à mostra, sensualidade, tom de provocação e referência ao lesbianismo.

Pace escreveu um artigo no Bom dia, Mulheres do site Papo de Homem o seu ponto de vista sobre a fotografia sensual (que geralmente gira em torno das mulheres), que, curiosamente, é muito parecido com o de vários outros fotógrafos que também buscam a mesma coisa.

Ela mostra as fotografias que fez com Caroline Craveiro e logo no início do texto diz que “gosto quando a fotografia sensual não é planejada. Existe um chame quando acontece naturalmente, assim como me encanta a vida de quem foge da rotina. A mulher ganha vida própria no resultado do meu trabalho, e isso cada vez mais tem relação com a definição de feminino na atualidade e o impacto que isso gera no mundo contemporâneo”.

Maria Caroline sugere que as mulheres atuais têm ganhado cada vez mais força na sociedade e pelas lutas que elas têm disputado nos últimos anos: pela igualdade dos sexos. Pace diz que seu vício é procurar mulheres na internet para conversar e marcar um ensaio, e que é ainda melhor quando a pessoa nunca foi fotografada. “Quase sempre a pessoa não se permite ser bonita ou sensual a sua própria maneira e, ao verem o resultado, se identificam como aquilo que elas realmente são: belas”, escreve.