A Invasão do Kuwait foi um conflito armado iniciado entre Iraque e o Kuawit, que brigavam por petróleo. O Iraque, na época comandado por Saddam Hussein, acusava o Kuwait por roubo de petróleo e por este motivo invadiu o país em 1990. No ano seguinte, o fotógrafo Sebastião Salgado foi ao Kuwait, por meio do The New York Times, fazer a cobertura de um ataque iraquiano que havia destruído mais de 600 poços de petróleos.
As fotos foram finalmente divulgadas, 25 anos depois, e fizeram parte da exposição “Kuwait, um deserto em chamas”, que ocorreu na Galeria Mario Cohen, em São Paulo/SP, até 20 de dezembro de 2016. Um livro com o mesmo nome da exposição foi lançado na ocasião da abertura. O livro, publicado pela editora Taschen, pode ser encontrado em sites como a Amazon por R$ 186,46.
“Cobertos de petróleo por horas a fio, esses homens estavam próximos demais do perigo para pensar em qualquer coisa que não fosse o trabalho em questão. Era preciso experiência, improvisação, disciplina, solidariedade e uma imensa resistência de corpo e mente. Sem eles, o custo ambiental e humano dessa calamidade teria sido imensuravelmente maior”, escreve Sebastião Salgado na introdução do livro.
Engenheiros e técnicos os EUA e Europa trabalhavam para reverter a situação de incêndios e vazamentos. Cobertos de petróleo, eles parecem até mesmo esculturas da tragédia. No livro, Salgado conta diversas histórias como por exemplo o dia em que dois jornalistas do Financial Times morreram quando seu carro foi engolido por um lago de petróleo. Os poços de petróleo, mesmo depois de apagados, continuavam jogando material no ar, que criavam lagos facilmente incandescentes.
O fotógrafo, depois de todos estes anos, percebeu que várias das fotos nunca haviam sido publicadas e resolveu organizar o livro e exposição para que pudessem ser conhecidas pelo grande público.
Fonte: Brasileiros