“Você pode pensar sobre o Facebook como uma comunidade, um feed de notícias ou até mesmo uma força de mudança, mas é realmente algo muito mais simples: uma empresa de fotografia”, é como começa o artigo escrito por Sarah Kessller, redatora da Fast Company, sobre a era movida a imagens em que vivemos.
No texto, ela mostra em números como as maiores redes sociais são movidas e mantidas pela fotografia. O Facebook processa mais de 350 milhões de fotos todos os dias, um número muito maior do que a Kodak e a Polaroid desenvolvem no mesmo período. Cerca de 50 startups de tecnologia da década passada estão hoje avaliadas em mais de um bilhão de dólares. Destas, pelo menos nove – Facebook, Twitter, Whatsapp, Dropbox, Pinterest, Airbnb, Snapchat, Instagram e Tumblr – têm a fotografia como o núcleo de seus negócios: “Estamos em uma economia fotográfica”, afirma a escritora.
Compreender o motivo disso não é muito complicado, diz Sarah: trata-se de uma progressão tecnológica natural. Os dispositivos de fotografia atuais fazem com que câmeras com qualidade e funcionalidades excelentes caibam no bolso de qualquer pessoa. É fato que gostamos de compartilhar (e mostrar) o que acontece na nossa vida, e as agências de publicidades sabem e se “aproveitam” disso. O Facebook viu o potencial do Instagram e o comprou por US$ 1 bilhão. Não muito tempo depois, comprou o Whatsapp por US$ 19 bilhões.
A empresa de marketing Hubspot fez uma análise e descobriu que as fotos do Facebook geram 104% mais comentários do que atualizações baseadas em texto. Outra análise, citada pela autora e realizada pela empresa de análise de mídias sociais Socialbakers, constatou que 90% das postagens mais engajadas no Facebook têm fotografias. As empresas atuais estão tentando de tudo para se destacar nesse mercado superlotado. As estatísticas indicam que as chances de maior destaque vão para as empresas que contarem histórias, propuserem novas formas de compras usando fotos e facilitarem a vida do usuário com armazenamento. Neste último ponto, o Dropbox ganha destaque: a empresa aumentou a oferta de espaço com uma promoção especial, cobrando dez dólares por mês para 1TB de espaço, passando à frente do Google Drive, Box e outros.
Caso você esteja questionando o valor de uma imagem – já que ela está em todo o canto e pode parecer ter perdido o seu valor –, repare que estamos vivendo em uma Era da Imagem, de fotografia e compartilhamento em tempo real. E que o “pote de ouro” deste mercado nada mais é do que a fotografia.
Fonte: Fhox, Fast Company.