Quem foi a primeira mulher fotógrafa?
Se você acredita que a fotografia começa e termina no Instagram, é hora de expandir seus horizontes e aprender sobre a história da fotografia, em particular sobre algumas mulheres que ajudaram a moldar o destino da profissão desde a sua invenção na década de 1830. Embora os livros de história frequentemente retratam os primeiros anos da fotografia como dominados por homens, houve mulheres inovadoras cujas contribuições merecem ser igualmente ressaltadas e devidamente registradas. Mas quem foi a primeira mulher fotógrafa do mundo?
Anna Atkins (1799-1871) pode ter sido a primeira mulher fotógrafa do mundo
Anna Atkins (1799-1871) é considerada por muitos como a primeira fotógrafa do mundo. Ela era uma artista britânica que aprendeu técnicas de calotipagem e “desenho fotogênico” com seu inventor Henry Fox Talbot. Atkins era também um cientista com formação em botânica e publicou o primeiro livro da história composto por imagens fotográficas, todas tiradas por ela mesma. Ela produziu um livro de cianótipos de algas e algas marinhas em 1843, que não são apenas úteis cientificamente, mas também são gloriosamente lindos. Sabe-se que Anna teve acesso a uma câmera fotográfica em 1841 e, por isso, algumas fontes afirmam que Anna foi a primeira mulher fotógrafa do mundo. Porém, outras fontes apontam que Constance Talbot, esposa de Henry Fox Talbot, foi a primeira fotógrafa do mundo, pois desenvolveu, ao lado do marido, os papéis fotossensíveis. Em 1839, ela ajudou Henry Fox Talbot a descobrir como adicionar iodo ao processo de Talbot para aumentar a sensibilidade à luz do papel. Porém, como Anna Atkins publicou um livro com suas fotografias em 1843 é mais plausível sua história como a primeira mulher fotógrafa do mundo.
Julia Margaret Cameron (1815-1879) fotografou retratos de personagens de Shakespeare e de mitos
Julia Margaret Cameron (1815-1879) foi uma das principais fotógrafas do século XIX, impulsionando a técnica recém-descoberta para se tornar uma forma de arte com seus retratos de pessoas vestidas como personagens de Shakespeare ou de mitos. Ela foi introduzida na fotografia pelo astronomo Sir John Herschel e conseguiu impor suas visões na Inglaterra vitoriana, apesar da oposição de pessoas que pensavam que a fotografia não era necessariamente elegante.
Antonieta DeCorrevont foi a primeira mulher fotógrafa profissional e abriu o próprio estúdio em 1843
Antonieta DeCorrevont foi uma fotógrafa parisiense que se tornou a primeira mulher no mundo a trabalhar profissionalmente com fotografia. Em 1843, ela abriu um estúdio de retrato em Munique, demonstrando pioneirismo no campo da fotografia. Sua iniciativa desafiou as normas sociais da época, já que a fotografia profissional era predominantemente dominada por homens. O trabalho de DeCorrevont ajudou a pavimentar o caminho para a participação das mulheres no mundo da fotografia, abrindo portas para futuras gerações de fotógrafas.
Virginia Oldoini (1837-1899) foi a primeira rainha das selfies
Virginia Oldoini (1837-1899), também conhecida como condessa de Castiglione, foi uma figura surpreendentemente dramática. Ela foi a musa do fotógrafo da corte Pierre-Louis Pierson, e o resultado foi um catálogo de mais de 700 retratos de Condessa em trajes encantadores ou revelando membros nossos. Ela também deu orientações precisas sobre a ampliação e repintura de suas imagens para transformar os simples documentos fotográficos em visões imaginárias.
Harriet Chalmers Adams (1875-1937) combinou fotografia com aventura
Harriet Chalmers Adams (1875-1937) combinou fotografia com aventura. Ela era uma exploradora do século XIX, armada com um capacete e propensa a vagar com o marido, o também aventureiro Franklin Pierce Adams, para lugares como os Andes ou a Amazônia. Ela alcançou sua fama como fotógrafa pelo fato de que, junto com suas realizações notáveis, também decidiu registrá-las; quando ela chegou à National Geographic Society para lançar alguns artigos em 1906, eles descobriram que ela não apenas carregou equipamento fotográfico para regiões remotas e tirou fotografias coloridas, mas também fez filmes.
Lola Alvarez Bravo (1903-1993) recusou ser apenas uma assistente
Lola Alvarez Bravo (1903-1993) foi uma das primeiras mulheres a liderar a fotografia mexicana como arte. Ela ficou famosa por seus retratos de luminares mexicanos como sua amiga Frida Kahlo e por seu fotojornalismo. Ela foi inicialmente ensinada por seu marido, o fotógrafo Manuel Alvarez Bravo, mas depois dos desenhos, ela se tornou fotógrafa, fazendo retratos naturalistas e aventurando-se nas ruas para retratar o México “real”, violando a convenção sobre onde as mulheres deveriam ser vistas.