Projeto “Crianças Antigas” retrata o cotidiano de um asilo

Diorgenes Pandini, 26, se apaixonou pela fotografia quando estava no segundo ano do curso de Jornalismo. De lá para cá, o fotojornalismo tomou conta de sua vida. Foi através da sua profissão que surgiu a ideia do projeto “Crianças Antigas”, onde ele passou seis meses visitando e fotografando a rotina de um asilo.

O trabalho foi desenvolvido no “Lar Betânia”, em Joinville, Santa Catarina. O fotógrafo conta que viu a oportunidade de ajudar, primeiro para tentar fugir das imagens que pairam no imaginário coletivo sobre lares de idosos. “Nem sempre é triste e nem sempre é um desrespeito” comenta ele. Em um segundo momento, para que de alguma forma, alguns familiares retornem e visitem os idosos que deixaram, além de incentivar visitas e o voluntariado.

O fotógrafo afirma que a maior dificuldade são as primeiras fotografias. “Todo mundo desconfia de quem segura uma câmera. É preciso de várias visitas até que você se torne uma figurinha comum lá dentro” conta o fotógrafo. Ele ainda completa que não se trata de ganhar a confiança, mas de se tornar banal, esquecido lá no meio. Só então começam a render as fotografias.

Por ser um ambiente meio apertado e escuro, Diorgenes optou por trabalhar com lentes mais abertas, como a 24mm. Para detalhes, usou algumas vezes lentes zoom, como a 70-200. “Usei e abusei da sensibilidade ISO alto e até os ruídos não me incomodaram nesse projeto” completa o fotógrafo.

 

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