Dois fotógrafos são mortos no México
O mundo da fotografia está em luto: numa mesma semana, dois fotógrafos foram mortos no México. O fotógrafo Adrián Martínez López, dono do estúdio “Glamour Arte Fotográfico”, foi encontrado morto na última quarta-feira (5/8). Seu corpo foi achado na beira do rio Ejido Nabor Cornelio, no município de Jalpa de Méndez, em Tabasco (México).
A imprensa local conta que o fotógrafo teria sido sequestrado em seu estúdio na noite de segunda (3/8) e levado para o local onde foi executado. Segundo o portal LaOpinión, o corpo de López apresentava sinais de tortura. As mãos foram amarradas e os olhos e a boca foram cobertos com fita cinza. As autoridades também encontraram uma corda ao lado do corpo.
Neste último domingo, 02/08, o repórter fotográfico Rubén Espinosa, que trabalhava para a revista Proceso, mais quatro mulheres foram encontrados mortos em um apartamento na Cidade do México. O caso gerou revolta da população, que realizou manifestações na segunda-feira, 03/08. Muitos trouxeram suas câmeras em demonstração de solidariedade ao fotógrafo.
Espinosa havia fugido do estado de Veracruz para Cidade do México no mês passado, dizendo que se sentia ameaçado por cobrir o mundo da política. Em entrevistas, ele afirmou que pessoas estavam seguindo ele e tirando fotos dele, além de perturbá-lo.
A situação é alarmante. De acordo com o New York Times, Espinosa foi o 7º fotojornalista a ser morto no México só este ano. A Organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) relata que o México é um dos países que oferece maior risco para o exercício do jornalismo, com mais de 80 assassinatos e 17 desaparecimentos de profissionais na última década.
FONTES: PORTAL IMPRENSA, PETAPIXEL