Nos últimos anos, o mercado de câmeras fotográficas digitais passou por mudanças significativas, principalmente devido ao aumento da popularidade dos smartphones. Porém, as empresas de câmeras estão encontrando novas maneiras de obter lucros vendendo menos câmeras a preços mais altos.
De acordo com relatórios da Camera and Imaging Products Association (CIPA), o preço médio das câmeras fotográficas dobrou nos últimos três anos. Em 2022, o preço médio foi de cerca de US$ 623 (em torno de R$ 3.200), o que é mais do que o dobro do valor de três anos atrás (2019).
Os smartphones têm substituído completamente as câmeras automáticas (compactas), e as DSLRs, aos poucos, estão sendo eliminadas, dando lugar às câmeras mirrorless (sem espelho) de melhor desempenho, ricas em recursos e mais caras. Mesmo vendendo menos câmeras, a indústria registrou um aumento significativo nos lucros. Mas como isso é possível?
As empresas de câmeras descobriram que podem vender menos câmeras Mirrorless de ponta a um preço mais alto e ganhar mais dinheiro com elas do que poderiam se continuassem a vender DSLRs de qualidade inferior. Isso é bom para o avanço da tecnologia de câmeras, mas também mostra que o hobby na fotografia está se tornando muito mais caro e até mesmo para os fotógrafos profissionais, o preço está muito salgado. Em média, no Brasil, uma câmera top do mercado (veja aqui a lista das melhores), custa entre R$ 18 a R$ 30 mil. E a tendência para 2023 é os preços ficarem ainda mais salgados.
Mas o que vai acontecer nos próximos anos com os preços das câmeras? Com base nos movimentos das três maiores fabricantes (Canon, Nikon e Sony), que estão fechando muitas fábricas ao redor do mundo, é provável que os preços continuem subindo com muita força. A explicação é simples: com menos fábricas e menos capacidade de produção, haverá menos câmeras no mercado, que serão muito disputadas pelos fotógrafos. Ou seja, a oferta de câmeras nas lojas será pequena e haverá mais fotógrafos querendo comprar do que equipamentos disponíveis. E pela lei da oferta e procura, os preços vão explodir.