Após um ano como assistente em um estúdio, ele se lançou como fotógrafo freelancer. Uma experiência que tem lhe dado uma boa dimensão do mercado. “Chegamos num ponto onde o mercado está sendo obrigado a se profissionalizar, especialmente com a baixa do dólar e com tantos fotógrafos estrangeiros ‘aportando’ por aqui”, analisa, pois ele julga que haja diretores de arte e editores capacitados de menos. “Nos acostumamos a trabalhar com ‘panelinhas’ e muitas vezes os cargos são oferecidos a ‘amigos’ que não têm nenhuma capacidade e conhecimento para a função que ocupam. Mas acredito que isso está mudando, principalmente com a nova geração ‘pós-digital’”, percebe.
À parte o trabalho comercial, Fernando desenvolve seu trabalho autoral conforme as ideias vão aparecendo. Segundo diz, sua fase está bastante técnica, com aprimoramento em impressão, especialmente processos antigos, produção de gifs animados e parcerias com “fotopintores”. Nesse espírito, ele retomou sua série Kinksters, que aborda o mundo do fetichismo. “Meu trabalho autoral gira em torno do ser humano e seu comportamento. Sou biólogo de formação e vejo o homem como um animal e seu comportamento é o que me interessa”, destaca o paulista, que direciona essa produção para o mercado fine art. http://www.fernandolessa.com/