Um dos eventos mais importante de fotografia do país e um dos melhores do mundo chega a sua 12º edição, o Paraty em Foco que neste ano está sendo coordenado pelo seu idealizador, o fotógrafo italiano radicado na cidade, Giancarlo Mecarelli, o encontro reúne artistas, profissionais, entusiastas e amadores em torno de exposições, workshops, palestras e um leilão de fotografias.
Um dos destaques é a exposição do paulistano Paulo Friedman, intitulada Nós, na Casa de Cultura de Paraty. A mostra exibe 17 portraits que compõem um ensaio fotográfico realizado com trabalhadores de diferentes áreas e nacionalidades em seus respectivos locais de trabalho. O texto de apresentação é do curador Diógenes Moura. Entre os retratos, impressos em fine art pela noPapiro, estão anônimos trabalhadores espalhados pelo mundo estão retratados cuidador de camelo, lavrador, prostituta, pedreiro e pintor de carros, entre outros.
O ensaio com mais de 500 retratos de trabalhadores brasileiros, além de centenas de estrangeiros de países como Japão, Índia, China, África do Sul, Peru e EUA, tem 10 anos de estrada. “Sempre gostei de tirar retratos e, em 2006, durante uma viagem ao interior de São Paulo, fotografei uma cortadora de cana que me chamou atenção. A partir daí, comecei a idealizar este projeto de registrar trabalhadores”, conta Fridman.
O destaque internacional é o fotógrafo russoov, da famosa agência Magnum Photos, e assíduo colaborador de diversos veículos estrangeiros, particularmente para as revistas Geo, Actuel e The New York Times Magazine.No dia 17 (sábado) o fotógrafo participa de um workshop, das 9h às 17h30mim, para 50 pessoas.
Também conhecido por PEF (sigla de Paraty em Foco) o festival abre espaço para os amantes de fotografia exporem seus trabalhos juntos aos de profissionais renomados. Uma convocatória selecionou os 20 melhores trabalhos entre vários inscritos. Eles estarão numa galeria a céu aberto ao lado da igreja matriz, cartão postal da cidade.
Colecionadores podem aproveitam o evento para adquirir obras de arte no já tradicional leilão, que nasceu com o festival em 2004 e conta com a curadoria exclusiva, feita por profissionais do mercado de arte e fotografia. “O pregão das imagens pretende, acima de tudo, estimular o colecionismo e ajudar a consolidar um mercado que cresce a cada ano” explica Mecarelli.
Está na programação uma série de encontros e entrevistas abertos ao público no auditório da Casa de Cultura. Com entrada gratuita, as apresentações serão retransmitidas para vários pontos do centro histórico e via streaming para todo o mundo.