O potencial regional de fotografia e vídeos de beleza e moda

A artista brusquense Luiza Colzani tinha de tudo para seguir a carreira da mãe, Lila Colzani, fundadora e estilista da Colcci, antiga Digby, mas descobriu que seu talento mesmo é fotografar beleza e nada mais belo que fotografar mulheres.

Ela, que desde pequena adorava brincar com as câmeras antigas que tinha pela casa e saía clicando de tudo, hoje trabalha profissionalmente com a fotografia voltada para moda. Books, editoriais, trabalhos autorais, ensaios, vídeos para campanhas e making of, enfim, toda a gama relacionada à moda.

Com uma experiência de quase quatro anos, ela diz que o que ela busca retratar na fotografia de moda diferencia muito de acordo com a demanda: “varia muito de cada ensaio e da equipe trabalhando nele, às vezes tem uma proposta mais relacionada à produção de moda, às vezes é mais focado na modelo ou na locação”.

Apesar de trabalhar profissionalmente, ela também busca sempre fazer trabalhos autorais quando encontra alguma referência que a inspira ou acha algum local ou alguma modelo com potencial. E nos trabalhos comerciais, procura equilibrar sua estética fotográfica com a exigência do trabalho.

“O legal é quando o cliente tem a ver com o que gosto na fotografia, porque assim consigo misturar ideias e fazer algo que vai satisfazer os dois lados. Quando é um ensaio mais pessoal a produção acaba tendo mais a minha visão ou de poucas pessoas que trabalham comigo, mas sempre visando fazer algo que tenha a cara daquela pessoa”, explica.

Inspirado na fotografia analógica e a tendência das câmeras de filmes retratarem uma luz mais natural, ela busca usar uma lente de 50mm pela naturalidade que sente com esta lente e poucos equipamentos que interfiram na iluminação.

Na entrevista, em relação à fotografia voltada para a moda,  ela acredita que o mais difícil é se destacar, por ser algo que todo fotógrafo (ou a maioria deles) já fez alguma vez: “é algo muito retratado. O que faço é tentar achar a naturalidade e personalidade da modelo pra criar uma estética com a qual me identifico. Gosto de deixar o ensaio tomar forma sem pensar muito em planejamentos ou resultados pré-definidos”.

O seu trabalho como filmmaker também permeia o universo feminino, e ela tem cada vez mais se identificado com isso: “vídeo é uma coisa que às vezes gosto mais do que fotografar, eu acho. Já fiz muito making of e vídeos de campanhas, mesmo que o pessoal insista em chamar assim também, ainda que não mostre o making of em si”.