O Planeta Água de Júnior Luz

A Terra é coberta em 71% por água, sendo esse um elemento essencial para a manutenção de todas as formas de vida. Para Júnior Luz, ela é indispensável também de outra maneira: em sua carreira como fotógrafo. “Faço fotografias ‘underwater’ há cinco meses, e desde que comecei não quero mais parar!”, afirma.

Aos 31 anos de idade, fotografando há quatro e atuando em Curitiba (PR), Júnior sempre apreciou fotografias subaquáticas e bastou comprar uma caixa estanque (uma caixa resistente que protege a câmera da água) para, literalmente, mergulhar de cabeça nessa área. Foi nas piscinas onde ele começou a explorar as possibilidades de fotografar embaixo da água, e é nelas onde mais se sente à vontade: “Já fotografei até em rios e mares, mas prefiro piscina, porque é mais cômodo, posso ter total controle da cena”, justifica o fotógrafo, que desenvolve a técnica em seu trabalho autoral, mas com vistas na aplicação comercial dessa técnica – “até porque, no Brasil, existem pouquíssimos fotógrafos que atuam nessa área”.

Independente do lugar, uma coisa é certa: quanto mais limpa a água, mais nítida será a foto. As cores e a iluminação dependem muito da claridade que chega diretamente à objetiva da câmera. Outro fator importante para a qualidade da imagem é a proximidade do objeto. Nesses casos, a lente mais apropriada é a grande-angular, para que a distância entre o fotógrafo e o modelo permaneça entre três e quatro metros. Porém, distorções são inevitáveis, visto que essa é uma característica dessa lente quando próxima do objeto da foto.

Júnior Luz: há poucos fotógrafos nessa áreaAlém da lente apropriada, da caixa estanque e de sua Canon 5D Mark II, Júnior usa equipamentos como lanternas  subaquáticas, leds e tochas para a iluminação. Tudo isso, sem dispensar a luz natural. Não bastasse a exigência de todo o equipamento, a preparação dos modelos também precisa ser apropriada. Roupas e maquiagem precisam ser resistentes à água: “Os tecidos usados nas roupas são os mais leves possíveis, tais como voil, seda e tule”, explica.

Em se tratando da direção dos modelos, ele diz que antes do ensaio é feita uma conversa, quando são combinados alguns sinais. Para ajudar nos ensaios o fotógrafo fez um treinamento básico de mergulho. Quando fotografa em profundidades maiores, são usados equipamentos de mergulho.

O resultado de tanto esforço pode ser visto nas imagens que acompanham este texto. Também é possível conhecer os bastidores do trabalho clicando aqui.

 

 

 

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