Novas exposições no FotoRio

Como comentamos anteriormente aqui, o Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro (FotoRio) começou ontem (30) e está cheio de eventos abertos ao público: exposições, projeções, palestras, oficinas e debates.

A abertura contou com as exposições Atman, de João Penoni e Suave, de Luiza Baldan, no Centro Municipal Sergio Porto (R. Humaitá, 163). No dia 2 de agosto, das 14 às 18 horas, o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (R. Luís de Camões, 68) inaugura as exposições de Bárbara Wagner, do Arquivo Orizon Carneiro Muniz, de Rogério Reis, da portuguesa Maria Oliveira e, pela primeira vez no Brasil, do premiado fotógrafo belga Wim De Schamphelaere, todos com entrada franca.

Exposições

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Estrela Brilhante (Bárbara Wagner): Em Estrela Brilhante, Bárbara Wagner documentou os ensaios que antecedem o carnaval de três maracatus das áreas rurais de Pernambuco, realizados sempre à noite e sem as indumentárias tradicionais. Em 22 imagens, a série dá continuidade à pesquisa da fotógrafa brasiliense radicada em Berlim, dando atenção às encenações marginalizadas pelos registros midiáticos, mas estabelecidos à face festiva, orgiástica e, por isso mesmo, subversiva do Brasil.

Garotas Bossa Nova (Arquivo Orizon Carneiro Muniz, concepção de Peter Lucas): No início da década de 1960, o fotógrafo amador Orizon Carneiro direcionou suas lentes para as garotas de Ipanema. Esses retratos quase foram irremediavelmente perdidos após a morte de seu autor, mas por sorte foram descobertos na feirinha de antiguidades da Praça XV pelo fotógrafo e cineasta americano Peter Lucas. Orizon Carneiro Muniz fez mais de 5 mil fotografias, um conjunto de imagens que documenta um momento muito especial da vida brasileira, quando as mulheres começaram a mudar de diversas formas.

Ninguém é de Ninguém – Paisagens Humanas (Rogério Reis): Um indivíduo com venda nos olhos perde o poder de revidar o olhar, de produzir semelhanças e correspondências. As tarjas do “desconforto visual” de László Moholy-Nagy e John Baldessari produzem poesia e também podem nos proteger de uma sociedade que criou a propriedade da imagem.

Sob Vigia dos Animais Antigos (Maria Oliveira): Sob vigia dos animais antigos é um projeto desenvolvido a partir de um lugar: Bemposta, a aldeia onde Maria Oliveira nasceu. As fotografias funcionam como anotações de seu regresso a essa aldeia. A memória ou o regresso ao primeiro caminho. Os campos e o vento, os animais do chão, as árvores e o grande silêncio. São imagens como anotações sobre um lugar em emudecimento. 

Troca de Olhares (Wim De Schamphelaere): Fascinado pelo ser humano, Wim De Schamphelaere vem trabalhando sistematicamente no continente africano nos últimos oito anos, realizando centenas de retratos individuais e fotografias independentes, que são em seguida combinados para a composição de imagens de grande formato que chegam a ter mais de seis metros de comprimento. Essas gigantescas fotografias, meticulosamente montadas e absolutamente fiéis à realidade, são bem mais do que simples documentos visuais.

Acesse o site oficial do evento para ver a programação completa das atividades do FotoRio 2014.

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