A Academia Real de Ciências da Suécia anunciou nesta terça-feira (7) que concedeu o Prêmio Nobel de Física deste ano a três inventores japoneses, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura, pela descoberta dos diodos emissores de luz (LEDs) azuis que, segundo o comunicado, “permitiram a criação de fontes de luz branca brilhantes e eficientes”.
A invenção está na origem dos televisores de LED e telas de smartphones. Antes da descoberta, havia apenas diodos de cores vermelha e verde. Akasaki, Amano e Nakamura obtiveram o azul essencial para gerar a cor branca nos anos 1990. Isso tornou possível dispositivos de iluminação mais baratos e econômicos.
“Os laureados desafiaram verdades estabelecidas, trabalharam duro e assumiram riscos consideráveis. Construíram eles mesmos seus equipamentos e levaram a cabo milhares de experimentos. Na maioria das vezes, eles falharam, mas não se desesperaram – foi arte de laboratório em seu nível mais alto”, afirmou o comunicado da academia sueca.
A iluminação com diodos também tem sido bastante usada na fotografia. Profissionais do segmento social, principalmente, tanto cinegrafistas quanto fotógrafos que não são muito afeitos ao uso do flash dedicado, segundo o fotógrafo mineiro Leandro Nunes. “A vantagem é você ver a luz. Funciona como uma lanterna”, diz Leandro. “Como a maioria dos profissionais não tem a técnica necessária para usar o flash, preferem o LED”, completa.
Os dispositivos mais usados no segmento emitem coloração amarela ou azul, que os fotógrafos regulam por meio da combinação de fontes de luz, uso de gel de correção ou através do balanço de branco da câmera. “Os LEDs brancos são caros”, afirma Nunes. A iluminação com LEDs não tem o inconveniente de aquecer o ambiente, tal como ocorre com fontes de luz incandescente. “Também tem a vantagem de se trabalhar com pilhas e baterias, ao invés de ligar na energia elétrica”, acrescenta Leandro. Abaixo, algumas imagens do fotógrafo, feitas aproveitando os LEDs de um cinegrafista.
