Nem sempre a exposição correta é a melhor

Quando falamos de exposição em fotografia, muitos iniciantes podem confundir o termo, relacionando-o com exposição de obras de arte. Aqui, no entanto, o termo faz referência à tonalidade de uma imagem, resultado da relação dos controles de ISO, tempo de exposição e abertura da lente da câmera definidos pelo fotógrafo.

Uma exposição tecnicamente perfeita busca captar a maior quantidade de tons de cor presentes numa cena. Cada pixel do sensor recebe a informação de tonalidade e assim gera uma fotografia bem próxima do real – o que chamo de “versão fiel da realidade”.

O interessante é que nem sempre uma fotografia com exposição perfeita em tons consegue ser mais bonita do que uma fotografia com exposição negativa (subexposta) ou exposição positiva (superexposta). No primeiro caso, a fotografia produzida vem com um aspecto mais escuro e carregado. Ocorre que alguns pixels da imagem não conseguiram captar a luz e a tonalidade de cores da cena e, por isso, ficaram literalmente pretos. Uma fotografia subexposta pode aumentar o contraste e trazer mais drama para sua composição.

O exemplo abaixo, que produzi em minha viagem recente a Ilha Bela (SP), mostra como uma exposição perfeita é somente um aspecto técnico e não artístico.

Exposição correta
Foto subexposta

Em uma fotografia superexposta, os pixels da imagem estão estourados com tanta informação de luz que receberam. Ficaram brancos e, por isso, em alguns casos, é impossível recuperar a textura ou a tonalidade da fotografia – que, consequentemente, ficou muito clara.

O recomendado é produzir na câmera aquilo que você gostou. Contudo, produzir uma fotografia com a maior quantidade de tons possível nos dá a possibilidade de criar na pós-produção um aspecto de fotografia subexposta ou superexposta mais adequado aos seus propósitos artísticos.

No vídeo abaixo, falo mais sobre esse assunto e também dou uma introdução sobre a utilização do histograma:

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