O ato de tirar selfies agora está sendo considerado um problema de saúde pública, conforme apontado por pesquisadores na Austrália, em meio a um aumento nas mortes em locais turísticos. Um estudo abrangendo 2008 a 2021 revelou quase 400 incidentes relatados globalmente – uma a cada 12 dias, em média.
Analisando cinco artigos científicos e 12 reportagens, a pesquisa identificou que mulheres jovens, com idade média de 22 anos, apresentam maior probabilidade de morrer por causa de selfies, principalmente quando se trata de fotos em locais aquáticos.
Os países mais afetados por mortes e ferimentos causados por selfies são Índia (100 mortes), EUA (39 mortes) e Rússia (33 mortes), de acordo com o estudo. O Brasil está em quinto lugar no ranking com 17 mortes no período do levantamento. O Dr. Samuel Cornell, da Universidade de Nova Gales do Sul, destacou a urgência de conscientização pública, afirmando que o fenômeno das mortes relacionadas a selfies deve ser tratado como um problema de saúde pública que exige uma resposta adequada.
Os pesquisadores sugerem que os alertas atuais não são suficientes e propõem a criação de mais “zonas proibidas para selfies” em locais perigosos com alto tráfego, além de campanhas diretas de conscientização nas redes sociais.
Estudos indicam que tirar selfies é mais perigoso do que fotografias convencionais, possivelmente devido à distração causada pela concentração na tela em vez do ambiente ao redor. A prática de levar selfies a locais extremos, como bordas de penhascos ou edifícios altos, é apontada como uma receita para desastres.
Apesar de mais de 92 milhões de selfies serem tiradas diariamente em todo o mundo, o número elevado de mortes relacionadas a essa prática levanta preocupações sobre a segurança, com incidentes semelhantes sendo relatados regularmente, indicando uma questão além da imprudência atual.