Moda: várias cabeças, uma sentença
Quando dei por mim, estava fazendo meu primeiro catálogo de moda. Já no início, deixei claro para a Márcia Dutra, da grife Angels, que não tinha nenhuma experiência no assunto. Mas ela topou mesmo assim.
Escolhemos uma modelo tcheca que, felizmente, falava muito bem francês. E, assim, fomos todos tratar dos looks: Márcia e Ana, da Angels, outra Ana, fazendo cabelo e maquiagem, a Laure, minha motorista francesa, a modelo tcheca, o marido da primeira Ana, filmando para fazer o making-of, e eu.
Resumindo, quando você faz um catálogo de moda, trabalha com vários profissionais que não são da sua equipe habitual, e o estilista ou a pessoa responsável está ali, colada em você. Ou seja, pressão é enorme. A sorte foi que todo mundo era muito gente boa, e a Márcia se virava no francês também.
Fizemos vários pontos de fotos, com looks diferentes e, num trabalho assim, o relógio nunca está a favor do fotógrafo. Entre as trocas de roupas, retoques de maquiagem, mudanças de penteado, sobra pouco tempo para fazer as fotos. Como eu nunca tinha feito esse tipo de trabalho antes, não tive tempo para pensar no assunto e tive que mergulhar na sessão como gente grande, fotógrafo experiente no assunto.
Na verdade, a sintonia entre o fotógrafo e o responsável pela grife é fundamental. É importante passar segurança nesse momento, ir mostrando algumas fotos durante o ensaio para alinhar o trabalho.
Outra regra que é 100% verdadeira nos ensaios de moda: no começo está todo mundo animado, modelo, fotógrafo, estilista, mas, lá pelo final da sessão, todo mundo está muito esgotado, pois é muita, muita correria. Exige muito de todos, mas principalmente da modelo, que troca várias vezes de roupa e está sempre exposta ao frio, calor etc.
No meu primeiro ensaio de moda fiz fotos em vários locais, e perdemos muito tempo nos deslocando. O melhor, penso eu hoje, é se concentrar em um local ou dois somente para você ter mais tempo para fotografar com calma. Ao mesmo tempo, é importante orientar o pessoal do cabelo e maquiagem para que não percam muito tempo com penteados elaborados. O retoque das fotos é muito mais detalhado e demora muito mais tempo e, no final, você tem um trabalhão para ver, no máximo, umas trinta fotos em um catálogo. Além disso, é importante manter a fidelidade de cores das roupas nas fotos.
Mas, quando você vê o resultado, é motivo de alegria enorme. Depois dessa experiência inicial, eu já fiz mais dois e espero fazer muito mais, pois é um trabalho que adorei fazer.
FABIANA MARUNO cursou 3 anos de publicidade e propaganda na PUC-PR, onde teve seu primeiro contato com a fotografia, e é formada em administração pela UFPR. Atualmente ela é fotógrafa do Conexão Paris e correspondente do Photo Channel. Apaixonada por Paris, transformou essa paixão em fotografia e, através dela, eterniza os momentos mágicos vividos nessa cidade incrível.
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Sempre acompanho o blog e gosto muito do que leio, mas desta vez me pareceu muito “perdido”. Não desrespeito e nem desmereço nada, simplesmente achei fraco de texto (sem finalidade) e imagem (nada muito impactante).
Relendo o relato da Fabiana revivi por alguns minutos aquela deliciosa sensação de estar com ela fotografando em Paris. FOI UM SONHO!! Se pra ela foi o primeiro ensaio de moda pra mim foi o primeiro catálogo, a primeira coleção!
O resultado é mesmo ” motivo de alegria enorme”, como escreveu Fabiana.
Só posso agradecê-la pelo belo trabalho e registrar que não vejo a hora de fotografar outra coleção da ANGELS com ela. Quem sabe agora a gente vai para Giverny?? Que tal aquelas flores todas, aquelas cores, aquela luz e aquela ponte de cenário?? Topa Fabiana??
Beijos querida! Valeu mesmo e sucesso nos próximos ensaios de moda…tenho certeza que serão muitos!
Fabiana, seu texto mostra bem as dificuldades desse tipo específico de fotografia. O processo é bem complicado.
Apesar de todos os contratempos que você cita no texto o resultado ficou ótimo e o mais importante, como o comentário acima revela, agradou a cliente!
Sucesso!!!