Instagram muda regras e causa polêmica

O Instagram anunciou nesta segunda-feira (17) algumas mudanças em sua política de privacidade. E uma delas em especial tem deixado os usuários com o pé atrás: a partir de 16 de janeiro, o serviço poderá comercializar as imagens de quem o utiliza para fins publicitários, sem aviso ou qualquer compensação ao proprietário da imagem.

A informação aparece no item “Privacidade e termos de uso”, que diz: “Alguma parte ou todo o serviço pode ser financiado por receitas de publicidade. Para nos ajudar a oferecer conteúdo interessante pago, patrocinado ou promoções, [o usuário] concorda que uma empresa ou outra entidade pode pagar-nos para exibir o seu nome, imagem, fotografias (juntamente com todos os metadados associados), e/0u ações que toma, sem qualquer compensação para si”.

Essa possibilidade não tem agradado em especial aos fotógrafos, que acenam para a possibilidade de o Instagram se tornar algo como um gigantesco banco de imagens, sem gastar um centavo por isso. Como as novas regras preveem que os usuários que mantiverem seu cadastro no site após 16 de janeiro automaticamente concordam com a nova política, está havendo uma debandada do site. Segundo noticiou o G1, o Instaport, serviço que auxilia o usuário a sair do Instagram, está instável em função da alta demanda.

Em sua conta do Twitter, o fotógrafo Clicio Barroso deu o tom do descontentamento: “Vou sair do Instagram com essa nova política. Não ligo que vendam foto de paisagem, mas não quero minha filha numa propaganda”.

A nova política de uso do Instagram tem por objetivo compartilhar informações entre este e o Facebook. “Em setembro de 2012, nós anunciamos que o Instagram foi adquirido pelo Facebook. Nós sabíamos que, ao nos juntar ao Facebook, nós poderíamos construir um Instagram melhor para os usuários. Como parte de nossa nova colaboração, nós aprendemos que, sendo capazes de compartilhar ideias e informações entre si, nós podemos criar experiências melhores para os usuários”, disse a empresa em comunicado.

Até o momento, porém, o que tem prevalecido é a chiadeira.

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