Menina foi abandonada por ter albinismo e agora se tornou famosa modelo da Vogue

1 em cada 20.000 pessoas no mundo nascem com uma doença genética chamada albinismo. O albinismo é uma desordem genética em que a pessoa não produz melanina, pigmento que dá cor à pele. Assim, a pele e os pelos da pessoa albina não possuem pigmentação, sendo extremamente claros. Na China o albinismo é visto como uma maldição ou um fardo social e econômico incapacitante, por isso, muitas crianças são abandonadas. Na Tanzânia as mulheres que dão à luz a uma criança com albinismo são aconselhadas a matar o bebê ao nascer.

Apesar dessa triste realidade, uma menina com albinismo foi deixada do lado de fora de um orfanato na China há cerca de 16 anos. E quando quando tinha 3 anos, Xueli foi adotada pela família holandesa Abbing e mudou-se para a Holanda para morar com sua nova mãe e irmã. Looks únicos levaram Xueli à indústria da moda aos 11 anos, onde ela ganhou uma plataforma para celebrar diferenças, aumentar a conscientização sobre o albinismo e inspirar outras pessoas a abraçar sua beleza natural. Até hoje, ela foi destaque na Vogue e trabalhou com os maiores fotógrafos e grandes marcas do mundo na indústria da moda.

Pessoas com albinismo são sensíveis à luz forte

O albinismo ocorre em todos os grupos étnicos e raciais e os níveis de pigmentação podem variar dependendo do tipo. Pode incluir várias complicações de pele e visão, portanto, os albinos devem ser extremamente cautelosos. Xueli tem apenas 8% a 10% de visão, então seus olhos são extremamente sensíveis à luz forte. Como ela não consegue olhar para a luz diretamente, você perceberá que ela é fotografada com os olhos fechados na maioria das fotos. “Quase nunca abro os olhos durante as sessões de fotos, porque a luz quase sempre é muito forte. Quando abro os olhos, quase sempre os aperto”, disse Xueli em seu Instagram.

“No mundo da moda e das modelos, parecer diferente é uma bênção, não uma maldição, e isso me dá uma plataforma para aumentar a conscientização sobre o albinismo. Ainda há modelos que têm quase dois metros e meio e são magras, mas agora as pessoas com deficiências ou diferenças aparecem mais na mídia e isso é ótimo – mas deveria ser normal. Modelos com albinismo costumam ser estereotipados em fotos para retratar anjos ou fantasmas e isso me deixa triste. Especialmente porque perpetua aquelas crenças que põem em perigo a vida de crianças com albinismo em vários países”, contou a modelo.

Veja abaixo mais algumas fotos de Xueli e observe como os fotógrafos precisam cuidar na direção das poses para evitar que a luz cause algum dano aos olhos sensíveis de Xueli em função do albinismo. Se quiser saber mais sobre o albinismo na fotografia veja também esses posts que publicamos recentemente aqui no iPhoto Channel.