Nishe: melancolia e feminilidade em fotos analógicas
Nishe é o pseudônimo artístico da fotógrafa polonesa Magdalena Lutek, conhecida pelas fotografias sensuais, com toque romântico, envolvente e sonhador, que circulam por inúmeros perfis de Tumblr, Weheartit e Pinterest. Em uma entrevista para o site The Raw Book, ela descreve a sua fotografia como pessoal, melancólica e feminina. Por e-mail, a artista falou ao iPhoto Channel sobre sua trajetória e os conceitos por trás de suas imagens. Acompanhe:
Como você entrou na fotografia?
Eu comecei a tirar fotos quando tinha quinze anos de idade. Encontrei uma câmera antiga do meu pai no sótão e pedi para ele me ensinar a usar. Naquela época, eu fotografava principalmente a natureza ao meu redor, especialmente no inverno, e só usava filme em preto e branco. Em 2009 eu comecei a experimentar fazer autorretratos, meu rosto estava sempre obscuro nas fotografias e tornou-se a minha obsessão retratar uma pessoa, a sua alma, as emoções, ansiedades e solidão, sem mostrar seu rosto.
O que te inspira?
Minha maior inspiração é a natureza, as mudanças de luz sutis durante o dia, sonhos de infância, devaneios. Artistas que eu acho excepcionalmente inspiradores são Sally Mann, Tim Walker e Paolo Roversi. Eles são os mestres da fotografia pra mim.
O que você busca expressar na sua fotografia?
Minhas fotografias mostram o que me toca profundamente, elas são uma saudade do passado, uma forma de eu voltar no tempo e viver em outro mundo. Elas são uma fuga da realidade. Eu crio mundos que são moldados na realidade, mas a sua essência é sempre uma fantasia. Elas também são a forma que eu encontrei de me conectar com os outros, de mostrar como eu vejo o mundo, onde minha imaginação me leva. Eu sempre fui reclusa, sempre passei muito tempo sozinha pensando, imaginando coisas, criando histórias. Eu tenho um sentimento pelo passado no qual a imaginação desempenhou um papel importante. Minha intenção é de me conectar silenciosamente com o espectador, falar com ele em uma infinidade de maneiras sutis. Acho que algumas pessoas “falam a mesma língua” que eu e se identificam com a minha arte.
Nishe fotografa há 14 anos e sempre preferiu usar filmes e instantâneos porque eles proporcionam uma aparência mais suave, com melhor tonalidade. Usar técnicas analógicas, para ela, definitivamente faz a diferença na forma como as fotografias impactam o espectador. “Há um certo sentimento nostálgico nelas, uma saudade do passado”, explica.
Confira as belíssimas e envolventes fotografias de Magdalena Lutek: