Lente fotográfica feita de metamaterial pode ser a próxima revolução na fotografia

Uma equipe da Universidade de Harvard criou uma metalente, lente que é cerca de 100 mil vezes mais fina do que lentes de vidro comum. Com altura de 600 nanômetros e superfície plana, esta nova invenção poderia mudar radicalmente a forma como as lentes para câmeras são concebidas.

Construída a partir de nanocolunas de dióxido de titânio, a lente pode focar em detalhes menores que o comprimento de onda da luz. Isto graças à sua alta abertura numérica, que lhe permite focalizar a luz em um ponto inferior ao comprimento da onda da luz que está sendo trabalhada.

Uma visão microscópica da lente de metamateriais registrada pelos cientistas da Harvard
Uma visão microscópica da lente de metamateriais registrada pelos cientistas da Harvard

Feita usando metamateriais, a lente pode ser produzida em massa – e de forma econômica. As lentes poderiam ser produzidas na mesma fábrica onde os chips para computador ou smartphones são fabricados, reduzindo drasticamente o seu preço.

Cada uma das pequenas colunas de dióxido de titânio distribuída sobre sua superfície interage com a luz visível, permitindo que toda a superfície estabeleça um ponto focal. O professor Federico Capasso e sua equipe fotografaram com sucesso estruturas em nanômetros de tamanho.

Shrinking microscope lenses

Dependendo do padrão no qual são distribuídas, estas nanoestruturas podem trabalhar com diferentes cores, e uma vez que a lente resultante é completamente plana, não só fornece uma captura visualmente mais precisa: de acordo com os pesquisadores, no ponto focal de uma lente plana de metamateriais é até 30% mais nítido. Além disso, ela é livre de defeitos inerentes à tecnologia de lentes tradicionais, como a presença de aberrações cromáticas.

Capasso e sua equipe de investigadores estão à procura de parceiros dispostos a explorar comercialmente a descoberta. As lentes planas poderiam ser usadas na criação de microscópios ópticos de alta qualidade, telescópios espaciais e, como dissemos antes, na revolução da própria fotografia. Confira o artigo publicado no portal Science.

Fonte: Quesabesde, DP Review

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